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Do escambo ao PIX, formas de pagamento também passaram por evolução

A forma de pagamento mais utilizada para pagamentos no início do século XXI era o cartão de crédito, seguido das transferências

às 23h30
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Na natureza, os processos evolutivos demoram milhares e até milhões de anos para acontecer e, por fim, serem percebidos. Já a tecnologia evolui a passos largos e velozes, facilitando processos e gerando resultados rápidos. A produção humana segue esse mesmo processo evolutivo e muitas atividades que facilitam a vida das pessoas acompanharam esse ritmo. Um exemplo está nas formas de pagamento por bens e serviços.

Há mais de 10 mil anos antes de Cristo (a.C), o homem passou a produzir mais do que o necessário para seu sustento, assim, buscou um meio de poder trocar sua produção com outros que possuíam produtos e objetos diferentes dos seus. Iniciaram-se os escambos, nos quais as partes trocavam alimentos, bens e trabalhos entre si. Com o passar do tempo, essa forma de mercantilização já não atendia mais às necessidades das pessoas, e assim surgiram as moedas (1.000 a.C).

Cerca de dois milhares de anos depois, surge o dinheiro de papel, também chamado cédula. Depois, vieram os cheques, criados por volta do século XVII como um documento assinado em promessa de pagamento, e muito utilizados até o fim do século XX, até que caiu em desuso com a chegada dos cartões de crédito, ao final dos anos 1940.

A ideia dos cartões foi do empresário Frank MacNamara, quando, segundo a história, estava em um restaurante e percebeu que esqueceu a carteira em casa. Teve então a ideia de criar um cartão com seu nome para pagamento posterior. A ideia vigorou e esta forma de pagamento cresceu e caiu nas graças dos consumidores sendo responsáveis pelo aumento do comércio. De acordo com o site Monitor de Fraudes, ao final de 2006, existiam 80 milhões de cartões de crédito e 190 milhões de cartões de débito no Brasil. 

Bancos digitais

Como tudo evolui, as instituições bancárias acompanharam a evolução tecnológica e, já na segunda década do século XXI, chegaram os bancos digitais (sem agências físicas com todas as transações realizadas virtualmente), que começaram a oferecer cartões de crédito sem anuidade. Assim, aumentou também a desmaterialização do dinheiro,  sobretudo com a pandemia de Covid-19, que acelerou o movimento do dinheiro para os pagamentos digitais. 

Um desses sistemas é o PIX, meio de pagamento eletrônico instantâneo e de baixo custo, criado e lançado em novembro de 2020 pelo Banco Central do Brasil (BC). Nele, os recursos são transferidos entre contas em poucos segundos, a qualquer hora ou dia, e independente do valor. De acordo com o BC, o Pix tem o potencial de “alavancar a competitividade e a eficiência do mercado; baixar o custo, aumentar a segurança e aprimorar a experiência dos clientes; incentivar a eletronização do mercado de pagamentos de varejo; promover a inclusão financeira; e preencher uma série de lacunas existentes na cesta de instrumentos de pagamentos disponíveis atualmente à população”.

Até julho de 2021, foram realizadas mais de 1,63 trilhão de transações, e, somente em julho, cerca de 94 milhões de pessoas físicas fizeram PIX. E mês a mês, estes dados só foram crescendo, por ser gratuito para as pessoas físicas pagadoras e devido à facilidade de uso, a partir do telefone celular, sem a necessidade de outros equipamentos, como as maquininhas. E para o acesso, basta apenas uma chave cadastrada junto ao banco, a partir de conta corrente, poupança ou de pagamento pré-paga. Essa chave pode ser o CPF, número de telefone ou e-mail. Há ainda a opção de copiar e colar um código, ou de apontar a câmera do celular para um QR-Code.

Antes do PIX o pagamento por meio de transferência digital já existia entre os bancos, através da Transferência Eletrônica Disponível (TED) e o Documento de Ordem de Crédito (DOC), mas a cobrança de tarifas, por vezes, inibia o processo, enquanto o Pix acrescentou funcionalidades que facilitam e automatizam estes processos e a integração de sistemas. E assim, a evolução dos pagamentos segue, até a próxima inovação. 

Asscom | Grupo Tiradentes 
com informações do Banco Central do Brasil

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