O enfrentamento a um inimigo, até então desconhecido, colocou à prova a ciência e os profissionais de saúde em 2020. O novo coronavírus trouxe inúmeros desafios, principalmente, para aqueles que assumiram o protagonismo de estarem na linha de frente do combate à doença nas Unidades de Terapia Intensiva (UTI). Esse panorama, fez com que um olhar diferenciado fosse lançado a um profissional: o fisioterapeuta, exaltando assim, sua importância para a recuperação de pacientes.
O processo inflamatório desencadeado pelo coronavírus no pulmão dos pacientes, faz com que todo o tratamento intensivo envolva uma equipe multidisciplinar. Mas além da programação e ajustes em aparelhos, o fisioterapeuta intensivista, tem se destacado como peça fundamental no tratamento durante a internação, bem como após a alta desses pacientes, que a depender do quadro e do período em que permanecem internados, necessitam do acompanhamento de fisioterapeutas para sua plena recuperação.
“A fisioterapia tem feito a diferença e sido de grande importância no tratamento de pacientes com Covid-19, não só do ponto de vista agudo da doença, na fase de internação hospitalar e com necessidade de terapia intensiva, mas também no pós alta desses pacientes muitas vezes sequelados da doença. A atuação do fisioterapeuta nas unidades de terapia intensiva é essencial nas estratégias de ventilação mecânica invasiva e não invasiva e também no processo de desmame ventilatório e redução do risco de falhas na extubação”, enfatizou a professora Nayara Gomes de Faro Santos, preceptora do curso de Fisioterapia, da Unit Sergipe.
Nas UTIs o fisioterapeuta realiza diversas técnicas como oxigenioterapia, ajustes de postura, exercícios respiratórios e acompanhamento contínuo de reabilitação motora, as quais são fundamentais para que o paciente não tenha mobilidade afetada após a alta.
“Além disso, a fisioterapia motora, através da mobilização precoce em pacientes críticos, proporciona a restauração da força muscular, previne atrofias e deformidades e melhora da funcionalidade desses pacientes no pós alta hospitalar. Nossa atuação está altamente atrelada a um menor tempo de ventilação mecânica, menor tempo de permanência em leitos de UTI e menor tempo nas unidades de internação”, pontuou a professora.
Asscom | Grupo Tiradentes