Sabe aquela história que grandes ideias muitas vezes surgem quando menos se espera? Pois esse é o conceito do chamado ‘ócio criativo’, um processo que traz consigo evidências que exaltam a probabilidade de que os insights criativos ocorrem em períodos de descanso, distração ou prazer, onde não há qualquer pressão por resultados ou pela conquista de metas. Hábitos esses, mal vistos por muitos, mas que de fato estimulam a criatividade, segundo especialistas em Psicologia.
Inovações e grandes ideias ao longo da História da humanidade surgiram em momentos nada glamorosos ou pensados estrategicamente. Grandes pensadores, músicos, escritores, tiveram insights de grandes obras e projetos quando estavam dando uma caminhada, por exemplo, ou mesmo ao realizar tarefas domésticas e até na hora do banho. Situações em que o desligamento do trabalho, das pressões do dia a dia, se faz presente e o pensamento flui livremente.
“Muitas vezes essa pressão psicológica, que muitas vezes o contexto social e o trabalho nos colocam, dos prazos e metas que precisam a todo instante serem atingidos, são fatores que potencializam uma espécie de opressão à criatividade. Assim, essa idéia do ócio criativo que é tão falada nasce deste princípio de que, quando estamos sem essa cobrança efetiva, a mente fica mais livre, inclusive com atividades ‘ociosas’ que nos tragam prazer, agregam a motivação necessária para os gatilhos dos processos criativos e inovadores”, afirma a psicóloga Karolline Helcias Pacheco Acácia, professora preceptora de estágio em Psicologia Organizacional da Unit Alagoas.
Essa relação do ócio com a criatividade é muito presente no chamado ‘ócio criativo’, que justamente ocorre quando estamos sem a pressão da cobrança por resultados. “É neste momento que a mente é desviada para o surgimento de novas ideias, novas atividades. Há também uma relação direta deste processo com o prazer, pois essa satisfação é que pode contribuir com a ocorrência de inovações”, destaca.
Asscom | Grupo Tiradentes