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Home office: produtividade aumenta, mas bem-estar está em queda

Rotina estabelecida no home office apresentou aumento da produtividade e queda no bem-estar, aponta pesquisa

às 12h10
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De uma hora para outra muitos profissionais viram a rotina presencial ser transformada para online. O home office, definitivamente, entrou em cena em razão das restrições causadas pela pandemia da Covid-19 e, em pouco mais de um ano, muitas foram as adaptações e os desafios para manter a produtividade. O fato é que neste período, a produtividade aumentou e muito em determinadas áreas, mas na contramão disso, o bem-estar e a qualidade de vida estão em queda.

Esse desequilíbrio na balança foi identificado em uma pesquisa realizada pela Fundação Dom Cabral, em parceria com a Grant Thornton e a Em Lyon Business School, em março deste ano. Dos mais de mil trabalhadores entrevistados, cerca de 58% disseram produzir mais nesta modalidade de trabalho à distância. O índice é maior que o registrado no ano passado, que 44% responderam que a produtividade no em casa era maior que na rotina presencial.

“O que muitos trabalhadores têm relatado é que no home office os horários de trabalho acabam se estendendo, eles acabam não fazendo pausas para descanso, sem intervalo de almoço completo e até exclusão do momento de lazer no fim de semana, que acaba sendo prejudicado, pois por causa da própria questão da pandemia se evita sair. E como a pessoa está em casa, aquele momento que seria para a diversão e descanso, acaba também sendo redirecionado para a realização de alguma atividade laboral. Assim, esse trabalhador produz mais, porém acaba ficando mais estressado, mais tempo exposto ao ambiente de trabalho, com uma sobrecarga maior. Isso pode gerar uma série de situações como crises de estresse, a própria síndrome de Burnout, crises de ansiedade, insônia e alguns distúrbios alimentares”, destaca a psicóloga Karolline Helcias Pacheco Acácia, professora preceptora de estágio em Psicologia Organizacional do Centro Universitário Tiradentes (Unit Alagoas).

Em relação aos receios pela continuidade do home office, 20,6% dos entrevistados disseram ser a perda do convívio social o maior deles. Em segundo lugar aparece a sobrecarga de trabalho, com 15,5% entre as preocupações dos trabalhadores.

“Essa passagem do presencial para o home office deve ser feita de forma muito cuidadosa, pois se o colaborador e a empresa não tiverem muito claro esses limites de horário, a própria questão da rotina bem estabelecida, vai gerar prejuízos a todo o restante que é o lazer, o descanso e a própria questão familiar. Estes últimos aspectos precisam existir para favorecer a diminuição da ansiedade, estresse e favorecer, de fato, a produtividade nos momentos de trabalho”, ressalta a professora. 

Asscom | Grupo Tiradentes 

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