Mandioca, macaxeira, aipim. Os nomes podem variar de localidade. Mas o fato é que essa planta está enraizada na gastronomia pernambucana e deriva sabores. De petisco e refeições a sobremesas, diversos pratos e receitas são feitos com a mandioca todos os dias. Gera a farinha, que é adicionada ao feijão com arroz, na hora do almoço, e dá a consistência do pirão. É a massa que forma a tapioca, tão difundida e preparada.
Tem ainda a mandioca assada, que tem a presença marcada no cardápio de todo bar e restaurante, geralmente acompanhada com a tradicional carne de sol ou charque e queijo de coalho. É ingrediente para escondidinho com carne seca, que une dois elementos ícones da culinária. Sem falar do bolo cremoso de mandioca e coco, uma combinação clássica servida com café.
Um dos alimentos mais populares e que mais agradam na região se tornou um ícone na vida alimentar em diversas regiões. Até Djavan, ícone do MPB, ressalta a mandioca no texto “Farinha”: “a farinha é feita de uma planta da família das euforbiáceas de nome manihot utilíssima, que um tio meu apelidou de macaxeira e foi aí que todo mundo achou melhor…”
Origem
A origem da mandioca remete lá longe, na Amazônia, onde indígenas descobriram e começaram a cultivar o alimento. A popularidade da mandioca é tanta que até lendas estão enraizadas na cultura brasileira sobre ela. A mais famosa é a história de Mani, uma índia que morreu na infância e era sempre visitada por seus familiares. Certa vez, observaram que nascia uma planta e, cavando o buraco, descobriram uma raiz marrom que, por dentro, era branca. Emocionados por ali ter nascido vida e esperança, deu-se o nome de Manioca, por ter nascido numa oca onde Mani foi enterrada, originando o nome atual.
Propriedades
Além da alta fama, os benefícios não ficam atrás: ela contém cálcio, potássio, magnésio, fósforo e vitaminas A e C. Para a saúde, isso significa que ela melhora o funcionamento da digestão, reduz inflamações, é boa para a saúde cardiovascular e tem ação antioxidante.