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Pessoas com baixa escolaridade devem ser mais afetadas no período pós-pandemia

Crise provocada pela pandemia da Covid-19 impactou e deve continuar impactando quem não concluiu o ensino médio.

às 16h15
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A pandemia evidenciou problemas sociais e econômicos que foram agravados com a crise que se estabeleceu no mercado de trabalho, com perdas constantes de postos formais e informais. Neste cenário preocupante, os trabalhadores com pouco estudo, ou nenhuma formação, estão entre os mais impactados um ano depois do início da escalada de casos e óbitos em decorrência do novo coronavírus.

Esse panorama, infelizmente, deve se manter no pós-pandemia, segundo uma análise realizada pelo Ibre/FGV com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) do IBGE. O estudo identificou uma redução expressiva do emprego entre as camadas com baixa escolaridade e aqueles trabalhadores que não concluíram o ensino médio. Esse quadro, de acordo com o levantamento, deve perdurar no período de retomada com o fim da pandemia.

A pesquisa mostrou que 76% dos 7,3 milhões de empregos perdidos no ano passado eram postos ocupados por pessoas com 10 anos de estudo, no máximo. Entre os trabalhadores informais o impacto também foi grande, cerca de três vezes, chegando a 12,6% na média identificada em 2020.

“As empresas buscam preservar o emprego de trabalhadores mais escolarizados, já que é mais difícil para a empresa repor esse funcionário no momento em que a economia retomar”, destaca o professor da Universidade Tiradentes e economista, Josenito Oliveira. 

Trabalho remoto

Entre os trabalhadores formais com maior nível de escolaridade, a pandemia trouxe um novo panorama: o do trabalho remoto ou home office. Áreas ligadas a finanças, setores administrativos, tecnológicos, entre outras onde são exigidos maiores níveis de especialização, os impactos foram menores. Em algumas situações, segundo o levantamento, houve abertura de oportunidades. Um bom exemplo foi o crescimento das vendas online, o chamado e-commerce, que foi responsável pela abertura significativa de postos de trabalho.

“Esse panorama evidencia ainda mais a necessidade de continuar estudando, cursar uma graduação e fazer cursos de pós e especialização, pois essa preparação contínua de fato faz a diferença em um cenário de adaptações e novas perspectivas como esse que estamos vivenciando em razão da Covid-19”, ressaltou o professor. 

Ascom | Grupo Tiradentes

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