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Vacinação registra queda e pode recriar cenário de insegurança sanitária

Doenças já erradicadas aos poucos voltam a contabilizar registros, história da Covid exemplifica como o descuido com a vacinação vira fator de risco para a saúde da população

às 20h17
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Após os dois anos da pandemia da Covid-19, e ainda a saga da busca pela vacina, autoridades sanitárias se preocupam com a cultura vacinal no país. Lenta e desestimulada, a vacinação anda pacata e com tendência de estagnação. Doenças já erradicadas como a pólio, rubéola, sarampo, e meningite bacteriana ameaçam voltar com o risco de ganhar proporções graves.

O Butantan, maior produtor de soros e vacinas da América Latina, em artigo publicado alerta que nos últimos 10 anos a vacinação brasileira teve forte queda. No panorama da vacina os registros começaram a apresentar queda a partir do ano de 2012, em 2016 a cobertura vacinal registrou percentual de 50,4%, já no último ano, a porcentagem foi de 60,7% (Fonte: Ministério da Saúde – DataSUS) sendo a partir de 90% a taxa de vacinação segura.

A pesquisadora de Microbiologia e professora da Faculdade Tiradentes (FITS), Evelyne Solidônio, explica os risco do declínio da vacinação no país “existem doenças que estão controladas em função do calendário vacinal, e ter menos pessoas vacinadas pode colaborar para o ressurgimento de doenças que, nós e ,principalmente, o nosso sistema de saúde não estamos preparados”.

Somente neste ano, 466 casos suspeitos de rubéola foram notificados no país e 18 deles foram confirmados, 16 somente no Amapá e 2 no estado de São Paulo. Outros 157 casos ainda estão sob investigação. Esta é apenas uma das doenças que têm potencial para entrar em surto, além dela, o sarampo, que é uma doença infecciosa grave e a poliomielite, também chamada de pólio ou paralisia infantil, que é uma doença contagiosa aguda causada pelo poliovírus estão em vigilância.

A professora explica que este feito é comum quando parte da população já não tem acesso às doses e uma outra parcela, esta maior, não recebe qualquer estímulo publicitário e ações de conscientização. Notícias falsas também são vistas como inimigas da vacinação.

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