Muitas pessoas são afetadas de maneira duradoura quando algo terrível acontece. Em algumas, os efeitos são tão persistentes e graves que são debilitantes e representam um transtorno, que, muitas vezes, pode ser diagnosticado como Transtorno do Estresse Pós-Traumático (TEPT).
Trata-se de um tipo de distúrbio de ansiedade que se manifesta quando o portador sofre experiências de atos violentos ou de situações traumáticas. De acordo com dados da Organização Mundial da Saúde, essa condição atinge mais de 2 milhões de brasileiros. Mais especificamente, afeta aproximadamente 9% das pessoas em algum momento da vida e 4% dos adultos.
Sintomas
Podem ser classificados em grupos:
- Reexperiência traumática: pensamentos recorrentes e intrusivos que remetem à lembrança do trauma, flashbacks, pesadelos;
- Esquiva e isolamento social: a pessoa foge de situações, contatos e atividades que possam reavivar as lembranças dolorosas do trauma;
- Negatividade: sentimentos de incapacidade em se proteger de perigos, sensação de vazio e perda da esperança no futuro;
- Hiperexcitabilidade psíquica e psicomotora: taquicardia, sudorese, tonturas, dor de cabeça, distúrbios do sono, dificuldade de concentração, irritabilidade, hipervigilância.
- Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC): possibilidade de desenvolver ações repetitivas para compensar ou ajustar a tensão e ansiedade.
Nem sempre esses sintomas ocorrem simultaneamente. Cada caso é um caso, por isso, apesar de possivelmente se identificar com algum, você deve procurar um especialista para o diagnóstico correto.
Tem cura?
Não. É um problema crônico que pode durar a vida toda, mas os sintomas podem ser reduzidos com o tratamento:
Entre as opções mais eficazes, estão a psicoterapia e a Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) e a indicação, quando necessária, de medicamentos ansiolíticos ou antidepressivos. Portanto, se apresentar sintomas que possam ser atribuídos a esse distúrbio da ansiedade, procure assistência médica e psicológica.