Guardar alguns objetos, documentos, roupas, caixas de papelão e outros, pode parecer comum para muitas pessoas, afinal, pode existir um apego emocional ou a crença de que poderão ser utilizados num futuro próximo. Entretanto, este hábito que parece inofensivo pode evoluir, de forma silenciosa, e, guardar objetos pensando em possíveis utilidades, passa a ser uma espécie de acumulação, mesmo de objetos desnecessários até o ponto que desapegar deles e descartá-los se torna impossível. Essa condição é chamada de Transtorno de Acumulação Compulsiva.
O transtorno de acumulação compulsiva, ou transtorno de acumulação, é uma condição que tem como principal característica a dificuldade ou incapacidade de se desfazer de objetos, mesmo que eles não possuam serventia. Dessa forma, diversos ambientes da casa ficam repletos de caixas, objetos empilhados e empoeirados, roupas, utensílios e outros, que tornam o ambiente insalubre e dificultam, até mesmo, caminhar pelo local, além de atrair insetos e ratos.
A pessoa que tem este transtorno, sente uma necessidade de adquirir e guardar diversas coisas, bem como, fica receosa e na defensiva quando alguém tenta arrumar ou convencê-la a se desfazer. Por isso, muitas conexões com amigos e familiares acabam sendo abaladas pelo transtorno de acumulação, além de trazer angústia e frustração para o acumulador, que sente vergonha mas não consegue parar.
A partir de uma avaliação médica ou psicológica, é possível diagnosticar e tratar o transtorno. Psicoterapias e o apoio familiar são essenciais para ajudar o paciente.