O campo do Direito está constantemente em evolução, moldado por mudanças sociais, tecnológicas e políticas. Tais transformações têm impactos significativos nas práticas jurídicas e nas expectativas da sociedade em relação ao sistema legal.
Para Esdras Peixoto, professor e coordenador do curso de Direito do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE), os advogados reconhecem cada vez mais que o processo judicial nem sempre é a via mais eficaz para resolver conflitos, devido aos custos elevados e à demora: “As inovações legislativas que promovem os cartórios e tabelionatos a instâncias de resolução de diversas questões de jurisdição voluntária, é um exemplo”.
“Por outro lado, têm sido cada vez mais empregados os Mecanismos Alternativos de Solução de Conflitos, nos quais as disputas são resolvidas fora do âmbito do Poder Judiciário, como é o caso da mediação e da arbitragem. Essas perspectivas renovam a advocacia, dando fôlego aos novos profissionais e garantindo maior cidadania à população, o que é muito importante”, afirma.
Além disso, os avanços tecnológicos estão oferecendo aos advogados novas ferramentas para aprimorar as atividades diárias. De acordo com o professor, as empresas de tecnologia oferecem oportunidades, como serviços de automação e gestão de documentos, monitoramento de dados públicos, jurimetria, gestão de escritórios, resolução de conflitos online e entre muitas outras, que podem ser utilizadas pelos profissionais tanto para aumentar a produtividade e eficiência do trabalho quanto para vendê-las como um “diferencial” do serviço jurídico prestado.
Esse cenário dinâmico reflete e exige a necessidade de adaptação contínua. Dessa forma, explorar as tendências e mudanças nessa área é essencial para compreender como o Direito se adapta e se redefine em resposta aos desafios contemporâneos. “Os profissionais da advocacia têm em suas mãos um leque de opções para se manter competitivos e aprimorar seus serviços jurídicos. Em suma, quem não aproveitar a onda de oportunidades corre o risco de perecer no mercado da advocacia. É preciso estar atento e buscar se inserir nessa nova realidade”, complementa Esdras.