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Recicláveis viram brinquedos para desenvolver crianças

Incentivando alunos, a professora de Fisioterapia Bárbara Bernardo transforma materiais de baixo custo em itens divertidos para estimular o desenvolvimento motor e neuropsicomotor dos pequenos, com necessidades especiais. Iniciativa deu origem a projeto social

às 20h38
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Nem sempre o lixo deveria ser o destino de embalagens e outros itens recicláveis. É possível reaproveitar, dar um novo uso e ainda ajudar a desenvolver a questão sensorial e motora de crianças com necessidades especiais. Como? Quem sabe bem é Barbara Bernardo, fisioterapeuta e professora do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE). Incentivando alunos, ela transforma materiais de baixo custo em brinquedos. Assim, garrafa pet vira, por exemplo, um chocalho e uma vasilha se torna uma lanterna para estimulação visual.

Especialista e doutoranda em saúde materno-infantil, ela já utilizava as criações recicláveis nos seus atendimentos fisioterapêuticos. Com o sucesso do método, as brincadeiras logo se tornaram sucesso na clínica escola da Unit-PE, recebendo crianças em situação de vulnerabilidade social como pacientes. “Eu já tinha essa iniciativa de usar coisas recicláveis como papelão, dispositivos de comida e garrafas, ou seja, materiais que a gente não usa viram brinquedos para as crianças”, contou Bárbara. 

Com a animação dos pacientes e estímulo dos alunos e da professora, a iniciativa logo se transformou em projeto de extensão, com atendimento direcionado não só às crianças da clínica da Unit, mas também para instituições públicas onde Bárbara oferece serviço. “Eu passava para os alunos a idade da criança, a deficiência e as preferências dela, e a gente fazia os materiais pensando em cada uma”, lembrou.

Projeto

“Oficina Brincar”: o projeto de extensão de Fisioterapia nasceu com esse título, com o objetivo de explorar o que as crianças mais gostam: a diversão. Só que a ideia da professora foi além, já que os brinquedos tradicionais foram substituídos por adaptados, que ativam e estimulam o desenvolvimento motor e neuropsicomotor, abordando a parte neurológica e psicológica especialmente em meninos e meninas com deficiência. Com rápida iniciativa dos alunos, o plano ultrapassou o âmbito acadêmico e ainda existe como projeto social, beneficiando várias crianças do estado.

Com uma paixão por crianças, Bárbara não esconde: elas a incentivam na vida, seja na área da fisioterapia ou pessoal. Com o projeto nascido na faculdade e que continua sendo entregue para a comunidade, o momento é de gratidão. “Eu sou da área da saúde da criança, de alma mesmo. Faço tudo por elas, choro e dou o que não tenho. As crianças são o futuro do mundo, então, quando as ajudamos, estamos ajudando o mundo. Quando pudermos ir lá depois da pandemia, vamos fazer uma festa inesquecível. Eu sempre falo para os alunos e voluntários que eles vão receber tanto amor que o que vão levar não é um terço do que vão aprender e receber”, finalizou Bárbara.

Ações sociais

Bárbara também promove ações sociais em uma área rural em Ipojuca, levando brinquedos, roupas, comidas e doações em geral. A professora também conta com a ajuda dos alunos do curso de fisioterapia da liga acadêmica neurofuncional, no Dia das Crianças, evento que é realizado uma vez a cada um ano. “Em 2019, nós levamos brinquedos e doações, fizemos uma mega festa! Teve música, dança, contação de histórias. Foi super divertido. A última vez que fomos, foi antes da pandemia. Estou morrendo de saudade de ir lá e sei que eles estão sentindo nossa falta”, recordou.

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