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Quem foi Ricardo Brennand?

Na infância, teve o interesse por colecionar artes despertado por um canivete que recebeu do pai

às 10h39
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Quem visita o bairro da Várzea, no Recife, se depara com uma verdadeira obra de arte: o Instituto Ricardo Brennand, também conhecido como Castelo de Brennand. O museu atrai milhares de visitantes ao longo do ano, tanto recifenses quanto turistas, que ficam encantados com a beleza de obras expostas ao longo dos 30.000 m². O Instituto RB, inclusive, foi eleito o melhor museu da América do Sul pelo site TripAdvisor. Quem fundou o museu foi Ricardo Coimbra de Almeida Brennand, que faleceu em 2020 devido a complicações do coronavírus. 

Nascido no Cabo de Santo Agostinho, em 27 de maio de 1927, Ricardo Brennand foi engenheiro (formado em engenharia mecânica e civil pela Universidade Federal de Pernambuco), empresário e um grande colecionador de artes. Ainda na infância, recebeu de seu pai, Antônio, um canivete, fato despertou seu interesse por colecionar. 

Ao longo dos anos, Ricardo cuidou dos negócios de sua família: indústrias ligadas à fabricação de aço, cimento, vidro, cerâmica, porcelana e açúcar. Porém, seu interesse por obras de arte sempre permaneceu e, durante diversas viagens pela Ásia e Europa, ele passou a adquirir peças raras e históricas, que vão desde a Baixa Idade Média até o século XX. 

No ano de 1999, Brennand vendeu as fábricas de cimento ao grupo Cimpor, português, por R$ 590 milhões de dólares. Parte desse dinheiro foi destinado à construção do Instituto Ricardo Brennand, batizado assim em homenagem ao seu tio, que era um grande incentivador das artes, com quem compartilhava o mesmo nome.

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