O movimento abolicionista brasileiro ganhou força no século 19, em meados de 1870. Os participantes eram de diversas classes sociais e tinham como objetivo defender o fim da escravidão dos negros. No ano de 1888, inclusive, o movimento popular contribuiu para que a Lei Áurea fosse assinada, no dia 13 de maio.
Uma das figuras marcantes durante esta época foi o pernambucano Joaquim Nabuco que, além de jornalista, foi político, diplomata, historiador e escritor. Nascido em 1949, teve três familiares atuantes na política: o pai, o avô e o tio-avô (senadores no Parlamento Imperial) mas, seu pai, foi eleito deputado quando Nabuco tinha poucos meses de vida e precisou se mudar para o Rio de Janeiro para tomar posse. Entretanto, ainda bebê, permaneceu em Pernambuco, morando com seus padrinhos no Engenho Massangana, localizado no Cabo de Santo Agostinho.
Apesar de sua família defender a monarquia e ser escravocrata, o contato de Joaquim Nabuco com os escravos desde criança foi marcante e fez com que, anos depois, além de defender o movimento abolicionista, ainda transformou sua casa na Sociedade Brasileira Contra a Escravidão (1880) e fundou o jornal “O Abolicionista”.