As cócegas surgem como uma forma de defesa do nosso corpo. Quando determinadas áreas da nossa pele são tocadas (algumas mais suscetíveis do que outras, como pescoço e costelas), as terminações nervosas da região enviam um sinal de perigo para o cérebro. Teorias dizem que é um reflexo primitivo, que servia para nos proteger contra pequenos animais que tocassem nossa pele.
Assim, quando sentimos o estímulo, nosso cérebro entende como uma ameaça e prepara um mecanismo de defesa, que, geralmente, é a risada. E isso acontece porque o sinal de perigo enviado ao cérebro ativa uma área responsável pelas sensações, que libera respostas instintivas, como sorrir, se contrair e se arrepiar, por exemplo. Por isso, é muito difícil fazer cócegas em si mesmo. Nosso cerebelo antecipa o movimento e envia um sinal ao cérebro, que fica de sobreaviso e não identifica o toque como uma ameaça.
Alguns cientistas também apontam o papel social das cócegas. Principalmente em crianças, as cócegas são associadas a boas memórias e momentos de prazer, estreitando, inclusive, os laços entre a criança e seus cuidadores. Além disso, as cócegas deixam as crianças (que são mais favoráveis a sentir cócegas, já que seus mecanismo de defesa ainda estão em formação) mais atentas e favorecem o desenvolvimento cognitivo e a formação de boas lembranças.