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Pernambuco é rico em fósseis

No Estado, mais de 30% dos municípios contêm algum registro, distribuído na área do Sertão, Agreste e da zona costeira. O mais velho já encontrado foi da Era Paleozoica, com idade de 380 milhões de anos, no Sertão do São Francisco

às 14h09
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Pernambuco é centro de cultura, tradição, regionalidade e, claro, de história. O que faz parte de todos esses atributos com certeza são as coisas antigas que vivem na região, como os costumes dos antepassados, as construções e todos os contos urbanos. O que muita gente nem imagina é que no estado também tem uma parte histórica importante: os sítios arqueológicos, com vários fósseis – que já foram achados no passado e continuam sendo estudados atualmente.

No Brasil, o fóssil é considerado Patrimônio Natural e Cultural da Humanidade, e aí se tira a importância da Paleontologia, que investiga todo o processo biológico de períodos muito antigos. Em Pernambuco, mais de 30% dos municípios contém algum registro fóssil, sendo distribuídos na área do Sertão, Agreste e da zona costeira. Vários materiais são encontrados, desde plantas até ossos de animais. Entre tudo o que já foi achado na história, o que mais chamou atenção foi o fóssil da Era Paleozoica, com idade de 380 milhões de anos. Ele foi percebido no Sertão do São Francisco e é considerado o mais velho já encontrado no estado.

Pinturas rupestres

Vários sítios arqueológicos ficam localizados em Pernambuco: o maior deles é o Parque Nacional de Catimbau, que fica no sertão, e contém 353 locais com pinturas rupestres – ele foi descoberto em 2002, por pesquisadores da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), e é preservado e estudado desde então.

No município de Salgueiro, os registros também são variados, com inscrições nas pedras, fósseis de animais pré-históricos, como o tatu gigante, a preguiça gigante e rochas antigas. Na região, assim como na maioria das cidades do Agreste e do Sertão, os materiais foram encontrados após grandes secas e período de estiagem, o que facilitou o aparecimento dos ossos e objetos, após a queda do nível de água de lagos e ações como a escavação humana.

Em Exu e Araripe, também é possível perceber fósseis muito históricos. Em 2014, foram encontrados peixes, mosquitos, fezes e outros animais com cerca de 100 milhões de anos. As cidades abrigam registros antigos, já que elas contém lagoas e serras. Vários restos de dinossauros e rochas já foram encontrados nos municípios, transformando-os em reconhecidos parques paleontológicos. O município de Sanharó também vivenciou a atenção de biólogos. Em 2016 foram encontrados ossos de mamíferos gigantes, extintos entre 10.000 e 15.000 anos atrás. Eles foram achados na Fazenda Santo Expedito, na localidade de Sítio Lagoa da Pedra, em um reservatório de água.

Legado

Com uma alta integração de Pernambuco em pesquisas históricas, principalmente por suas cidades do Sertão e do Agreste, a valorização do ambiente é necessária, já que ocorre o chamado “tráfico de fósseis”. Por isso, a polícia, biólogos, pesquisadores e paleontólogos protegem as regiões, investigando novas áreas e fazendo os estudos corretos. E o legado disso tudo? A contribuição para a descoberta de novos antepassados, de oportunidades com grande relevância para diversos profissionais e a análise da história do mundo, importante não só no passado, mas também, na construção do futuro.

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