Muito já se fala sobre as evidências científicas atuais e os problemas de saúde relacionados ao uso indiscriminado de anabolizantes. Entidades médicas relatam um número crescente de complicações advindas desse uso indevido dos hormônios. Com base nisso, recentemente, o Conselho Federal de Medicina (CFM) proibiu a prescrição de esteroides androgênicos e anabolizantes para fins estéticos e de performance.
Os anabolizantes são drogas, administradas principalmente por via oral ou injetável, que se assemelham à testosterona ou outros andrógenos (hormônios masculinos produzidos nos testículos). Em casos como, por exemplo, de pessoas com hipogonadismo masculino (um problema na produção da testosterona) e de pessoas com certos tipos de câncer de mama, esses medicamentos costumam ser prescritos.
No entanto, uma prática que não tem comprovação científica e está associada a diversos riscos, é o uso deles para finalidades de estética, mais especificamente, ganho de massa muscular. Trazendo, assim, diversos riscos de saúde, como tremores; acne severa; retenção de líquidos; dores nas juntas; aumento da pressão sanguínea; tumores no fígado e pâncreas; alterações nos níveis de coagulação sanguínea e de colesterol; aumento da agressividade, que pode resultar em comportamentos violentos.
Além disso, há também efeitos crônicos causados pelo consumo indevido desses produtos: nos homens, redução na quantidade de esperma; calvície; crescimento irreversível das mamas (ginecomastia); e impotência sexual. Nas mulheres, engrossamento da voz; crescimento de pelos no rosto e no corpo; redução dos seios; e irregularidade ou interrupção das menstruações.