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Paralimpíadas de Paris com forte presença de pernambucanos

Oito paratletas da delegação nasceram em Pernambuco, incluindo o maior medalhista

às 19h48
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Os Jogos Paralímpicos de Paris 2024 tiveram início no dia 28 de agosto, e o Brasil tem tradição entre os paratletas, já tendo conquistado mais de 370 medalhas, em apenas 17 edições. Em 2024, o país está enviando a sua maior delegação na história das Paralimpíadas, com 280 paratletas. Desses, oito nasceram em Pernambuco. Além disso, o estado tem os dois maiores medalhistas brasileiros de cada gênero: Phelipe Rodrigues e Carol Santiago, ambos da natação.

Natação

Com nove medalhas, o recifense Phelipe Rodrigues é o maior medalhista brasileiro em Paralimpíadas. O nadador participa de Jogos Paralímpicos desde a edição de Pequim 2008 e já acumula 6 medalhas de prata e três de bronze. A nona conquista veio logo no início dos Jogos de Paris (que deve ser sua última participação), com a prata nos 50 metros livre, na categoria S10. Essa classe é destinada a atletas com menor gravidade da deficiência física, como problemas leves de coordenação ou perda de função de uma mão, por exemplo. Phelipe integra essa classificação por ter nascido com o pé torto congênito (direito).

Carol Santiago também integra a elite da natação paralímpica brasileira, com 5 medalhas (três de ouro, uma de prata e uma de bronze), todas conquistadas em Tóquio 2020, sua primeira participação em Paralimpíadas. Para a edição de Paris 2024, a paratleta se preparou para nadar mais sete provas. Graças à síndrome de Morning Glory, alteração congênita na retina que reduz o campo de visão, a recifense praticou natação convencional até 2018, quando migrou para a paralímpica. Hoje, a nadadora pernambucana faz parte da classificação S12, para atletas com deficiência visual pequena, mas significativa.

Futebol de cegos

O futebol de cegos também tem uma importante presença pernambucana, o jogador Raimundo Nonato. A modalidade estreou nos Jogos Paralímpicos na edição de Atenas 2004, e o Brasil foi campeão em todas as edições desde então, acumulando cinco medalhas de ouro. Nonato, natural de Orocó, no sertão pernambucano, ajudou a conseguir três dessas medalhas, nas edições de Londres 2012 (sua primeira participação), Rio 2016 e Tóquio 2020. Em Paris 2024, o time pode conquistar o hexacampeonato paralímpico. O pernambucano está na classificação B1, para atletas completamente cegos ou com percepções de luz.

Bocha

A bocha é mais um esporte paralímpico com representantes do estado de Pernambuco, a exemplo de Evani Calado. Nascida em Garanhuns, no agreste, conquistou o ouro por equipes no Rio 2016, na categoria BC3 (para atletas com deficiências muito severas). Teve paralisia cerebral por falta de oxigenação no cérebro ao nascer. Andreza Vitória, também da bocha, ainda não conseguiu nenhuma medalha em Jogos Paralímpicos e joga na categoria BC1, que permite ajudantes. Aos dois anos, foi diagnosticada com síndrome de Leigh, doença genética que afeta o sistema nervoso e que causa degradação das habilidades motoras.

Goalball e remo

A Seleção feminina de goalball conta com a presença da pernambucana Moniza Lima, da categoria B2, para atletas com percepção de vultos. O time ainda busca uma medalha paralímpica. No remo, Gabriel Mendes e Erik Lima, estreantes em Paralimpíadas,  competem na categoria PR3, para atletas com função residual nas pernas. Os dois atletas, que realizam seus treinos no rio Capibaribe, nasceram com o pé torto congênito. Vão competir nos Jogos de Paris 2024 não como dupla, mas numa equipe de cinco, sendo quatro titulares.

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