Os energéticos viraram rotina na vida de muita gente, principalmente de quem estuda e tem uma rotina corrida. A bebida pode até dar energia, concentração e diminuir o sono, mas isso acaba trazendo diversos malefícios. Por isso, ficar atento a sintomas anormais é essencial.
O energético age no organismo de forma rápida. Em 10 minutos, ele aumenta a frequência cardíaca, e em 45, gera um pico de cafeína na circulação sanguínea. Só depois de 1 hora que tudo é absorvido pelo fígado, e a energia tem uma queda, se dissipando.
A bebida gera sensação de energia, concentração mental, redução da fadiga e aumenta o bem-estar, mas ao mesmo tempo, traz efeitos colaterais. A alta concentração de cafeína é muito estimulante para o sistema nervoso central, causando sintomas a médio e longo prazo, como vômitos, tontura, dor abdominal, tremores, alucinações, taquicardia, convulsões, insônia, irritabilidade, pressão alta e ansiedade. Se consumida em excesso, pode levar à morte.
“O energético nada mais é que uma substância com associação de cafeína e taurina. E essa combinação pode causar a aceleração do coração, com palpitações, também aumentando a frequência cardíaca. Esses são sinais regulares encontrados em quem faz uso da bebida”, explicou Nemer Tarraf, cardiologista e professor da Fits-PE.
Segundo o cardiologista, o alerta precisa ser ligado ainda quem tem tendência a ter doenças cardiovasculares, seja por causa de fatores de risco ou hereditariedade. “Aumentando a frequência cardíaca, começa-se a ter problemas, com aumento da pressão, podendo desenvolver até hipertensão, com alto risco de infarto e sensação de dor e desmaio”, salientou Nemer.
Por isso, é essencial tomar cuidado na hora de beber energético. O indicado é que ele não seja consumido em excesso ou misturado com bebidas alcoólicas. É preciso também estabelecer limites na rotina, com hábitos e alimentação saudáveis, e sempre procurar um médico especialista a qualquer sinal de sintoma estranho no organismo.