Estudantes de graduação podem ter diversos benefícios a partir de projetos de iniciação científica, como a criação de uma rede de contatos, ter uma boa bagagem para o currículo, e até mesmo a própria construção de conhecimento. Aqueles que desejam seguir carreira acadêmica acabam se beneficiando bastante também, já que esse é o caminho para seguir no campo da pesquisa. Mas para conseguir uma melhor colocação dentro da comunidade científica, é importante que os estudantes consigam o apoio de alguma agência de fomento.
De maneira geral, essas instituições têm o principal objetivo de conceder capital de giro para empreendimentos ou programas de desenvolvimento. Existem, no entanto, as agências de fomento voltadas especificamente para o campo da pesquisa acadêmica. Essas se propõem a fornecer ajudas financeiras a estudantes, pesquisadores e professores universitários que estejam realizando algum tipo de investigação científica. Esse tipo de financiamento é fundamental para que os cientistas possam exercer suas funções com o máximo de dedicação, o que estimula o desenvolvimento científico e tecnológico.
Principais agências
Dentre as principais instituições de fomento do país está o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico), que é ligado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações. A principal e mais conhecida bolsa de pesquisa oferecida pelo órgão é o PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica), muito comum entre estudantes da graduação. O PIBITI (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação) é um outro programa do CNPq para pesquisadores.
A Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), ligada ao Ministério da Educação, é mais uma instituição que fomenta pesquisas pelo país. O PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência) é um dos programas da CAPES, voltado para estudantes de licenciatura. Além disso, a Coordenação também atua na consolidação da pós-graduação stricto sensu (mestrado e doutorado), através da avaliação desses programas pelo país e do investimento de recursos.
A nível estadual, a Fundação de Amparo à Ciência e Tecnologia do Estado de Pernambuco (Facepe) aparece como mais uma alternativa. Ligada ao Governo estadual, a Facepe conta com diversos programas de financiamento de pesquisas. Dentre eles, a Bolsa de Iniciação Científica (BIC), Bolsa de Difusão Científica e Tecnológica (BDCT), Bolsa de Incentivo Acadêmico (BIA) e a Bolsa de Pós-Graduação (BPG).
Como submeter projetos de pesquisa
A concessão de bolsas de instituições de fomento acontece a partir de editais, que são disponibilizados periodicamente. “É recomendável que o estudante mantenha-se atualizado, acompanhando regularmente os sites das agências de fomento e da sua instituição de ensino”, alerta Mário Gouveia, gestor da Coordenação de Pesquisa e Extensão (COPEX) do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE) — localizado na Imbiribeira, ao lado do Geraldão. Além disso, é preciso estar sempre atento às exigências de cada edital, para garantir a aprovação do projeto de pesquisa.