O Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH) é uma condição neuropsiquiátrica comum que afeta tanto crianças quanto adultos. É um distúrbio que impacta a capacidade de uma pessoa focar, controlar impulsos e regular a atividade motora. Os sintomas variam, mas geralmente incluem distração frequente, impulsividade, dificuldade em seguir instruções e organização deficitária. As causas específicas ainda não são totalmente compreendidas, mas fatores genéticos, neurobiológicos e ambientais podem estar envolvidos.
O TDAH tem sido objeto de crescente atenção nos últimos anos, devido ao aumento do número de diagnósticos, que podem ser explicados em uma combinação de fatores, como uma melhor compreensão do transtorno, uma mudança na percepção social e maior conscientização sobre a condição. No entanto, apesar dos avanços, o diagnóstico ainda apresenta desafios. Os sintomas do TDAH podem sobrepor-se a outras condições, como ansiedade ou depressão, e a subjetividade na avaliação do comportamento pode levar a diagnósticos questionáveis. Especialistas afirmam que uma pessoa comum pode apresentar alguns traços que lembram o transtorno – como esquecer chaves, manter uma mesa desorganizada ou ter a mente vagando durante tarefas monótonas – o que torna desafiador caracterizá-las como sintomas de um transtorno médico que requer diagnóstico.
Além disso, a medicalização excessiva tem sido uma preocupação. Profissionais argumentam que a condição pode estar sendo, em alguns casos, diagnosticada precipitadamente e tratada com medicamentos sem uma avaliação abrangente. O tratamento deve envolver abordagens multifacetadas, incluindo intervenções comportamentais, terapia cognitivo-comportamental e, em alguns casos, medicação.