No último dia 11 de janeiro, foi promulgada uma lei que proíbe arquitetura hostil em espaços públicos, a Lei Padre Júlio Lancelotti. De acordo com ela está “[…] vedado o emprego de materiais, estruturas, equipamentos e técnicas construtivas hostis que tenham como objetivo ou resultado o afastamento de pessoas em situação de rua, idosos, jovens e outros segmentos da população”.
Este tipo de arquitetura é caracterizada pelo emprego de elementos como pedras, divisórias, estacas de ferro e outros, que trazem segregação e impedem o uso dos espaços públicos por determinados grupos, por exemplo, moradores de rua. Algumas construções são pensadas justamente para impedir que esses moradores deitem, durmam ou até mesmo ocupem as áreas. Além de representar uma falta de sensibilidade com grupos minoritários, a arquitetura hostil ainda traz uma paisagem urbana agressiva e pode, inclusive, atrapalhar o tráfego de grupos como ciclistas, por exemplo.
A Lei Padre Júlio Lancelotti ganhou este nome porque o religioso promove e atua, desde 1986, em trabalhos sociais voltados, principalmente, à população de rua na cidade de São Paulo.