No período gestacional, o corpo da mulher passa por diversas alterações e mudanças fisiológicas para garantir o desenvolvimento do bebê e a manutenção da saúde de ambos. Entretanto, em alguns casos, as gestantes podem apresentar determinadas complicações que colocam tanto suas vidas quanto a dos bebês em risco, como é o caso da Síndrome de HELLP.
O conjunto de alterações nesta Síndrome são graves, além disso, são pouco conhecidas e de difícil diagnóstico. A sigla, abreviada em inglês, as representa: H – hemólise (destruição das hemáceas), EL – elevação das enzimas hepáticas, LP – baixa contagem de plaquetas. Normalmente, a Síndrome de HELLP surge no terceiro trimestre de gestação, mas isso não significa que ela não possa aparecer no segundo ou, ainda, no pós-parto, e pode estar associada à eclâmpsia ou pré-eclâmpsia.
Os sintomas podem variar entre mal-estar generalizado, dor de cabeça, dor abdominal, náuseas e vômitos, ganho de peso repentino e excessivo, e, ainda, falta de ar. Quando ela se agrava, pode resultar em hemorragias, insuficiência renal aguda, descolamento da placenta, ruptura do fígado, edema pulmonar e/ou cerebral, infarto e hemorragia cerebral. Realizar o pré-natal corretamente colabora para o diagnóstico precoce da Síndrome de HELLP, além da manutenção de uma alimentação balanceada que ajuda a prevenir ou controlar doenças pré-existentes, evitando que elas agravem a Síndrome.
Quando os sintomas surgem, é possível fazer o diagnóstico através de exames laboratoriais, avaliando as hemácias e plaquetas, além das enzimas do fígado. Se a Síndrome de HELLP for confirmada, a indicação é de induzir e realizar o parto, entretanto, isso vai depender das condições apresentadas pela mãe e pelo bebê, além da idade gestacional (34 semanas, pelo menos). Caso a gestação seja inferior a 34 semanas, podem ser indicadas injeções de corticoides para o desenvolvimento pulmonar do feto e aguardar 48h para realizar o parto – que será analisado junto ao médico para escolher o melhor tipo para cada caso.