Quem nunca ouviu um bom brega pernambucano, que atire a primeira pedra! Sejam aqueles mais antigos e românticos, consagrados pelo saudoso Reginaldo Rossi; os mais atuais que misturam a sofrência com o romantismo, nas vozes de Priscila Senna e Raphaela Santos, ou até mesmo o bregafunk marcado por coreografias e batidas eletrônicas com Mc’s como Tróia e a dupla Schevchenko e Elloco. A verdade é que existe brega para todos os gostos e ele está cada vez mais presente no cenário popular recifense.
E, a partir de agora, no Recife, o mês de novembro é destinado ao ritmo. Graças à nova lei, sancionada neste mês, foi instituído o Novembro Brega, proposta que inclui oficialmente o ritmo no calendário de festividades da cidade, assim como o Carnaval e o São João, visando valorizar e trazer ainda mais força a esse movimento tão importante para a cultura popular e economia recifense, além de qualificar profissionalmente o setor, ocupar diferentes espaços e diminuir o preconceito em torno do ritmo. A novidade foi muito comemorada tanto por artistas locais quanto pela população que consome o brega.
Para abrir com chave de ouro, o Viva Guararapes, iniciativa da prefeitura para trazer a população de volta para o centro da cidade, teve como tema do mês de novembro o Movimento Brega. Realizado no primeiro domingo do mês, o evento totalmente gratuito trouxe diversos polos, incluindo infantil e para pets, voltados ao brega, incluindo shows de artistas locais, atividades culturais, aulões de dança e batalha de passinho.
Em julho do ano passado, também foi sancionada uma lei que tornou o brega Patrimônio Cultural Imaterial do Recife.