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Minicurso sobre a importância das emoções ganha sessão extra

Nova apresentação foi pensada para atender a demanda do público

às 15h15
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No dia 29 de julho, o Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE) — localizado na Imbiribeira, ao lado do Geraldão — promove uma sessão extra do minicurso gratuito “Compreendendo as Emoções: As contribuições da Psicologia”, conduzido por Déborah Capozzoli, professora de Psicologia do Centro. A palestra havia sido realizada no dia 19 como parte da programação do Masterclass, projeto de formação continuada que trouxe mais de 20 aulas abertas sobre diversos temas relevantes. Devido à grande demanda, visto que o tema está em evidência, a instituição de ensino decidiu realizar mais uma apresentação, que vai acontecer das 18h30 às 21h30, no campus da Unit-PE. As inscrições podem ser feitas através do site: https://www.unit.br/masterclass-unit-pe-2024.

No encontro, a especialista vai mostrar que as emoções desempenham um papel central no bem-estar mental de cada indivíduo e podem ser entendidas como um fenômeno multifacetado. Ou seja, apresentam diferentes dimensões. “As emoções são biológicas, porque são inatas, processadas por uma parte específica do cérebro, o chamado sistema límbico, e se conectam às nossas aprendizagens culturais e sociais. Além disso, também são subjetivas e atravessadas por nossas experiências pessoais e, por isso, cada indivíduo percebe e lida de modo único com as situações cotidianas”, explica Déborah.

Classificação

As emoções podem ser divididas em dois grupos, as primárias (emoções básicas, como medo, raiva, tristeza) e as secundárias (relacionadas à cultura e ao contexto social, como vergonha e culpa). Mas Débora ressalta que nenhuma deve ser considerada negativa e que todas têm funções importantes. “A questão central é como gerenciamos as emoções no cotidiano, como as experienciamos e o que fazemos para lidar com as suas reverberações no dia a dia. As influências negativas das emoções podem estar relacionadas à maneira como permitimos que elas nos afetem, em parte devido à falta de habilidade em reconhecê-las e manejá-las”, detalha.

Gerenciamento das emoções

Como exemplo, a professora menciona o filme “Divertida Mente 2”, lançado recentemente nos cinemas. “Podemos observar na animação como a tristeza também desempenha um papel específico na forma como a personagem Riley reage às situações cotidianas. Mesmo quando a alegria tenta dominar e barrá-la, a tristeza precisa ser experimentada, além de uma não existir sem a outra”, pontua. No primeiro filme, a relevância da Tristeza é questionada, mas ela comprova que tem valor e que precisa ser sentida.

O gerenciamento adequado das emoções, segundo Déborah, possibilita o indivíduo a alcançar a inteligência emocional, ou seja, a habilidade de acolher, compreender, aceitar e manejar os sentimentos. “Quando temos dificuldades em lidar com nossas emoções ou processá-las adequadamente, podemos nos deparar com um processo de desregulação emocional, que pode se manifestar através de uma intensificação exagerada das emoções quanto a uma redução na intensidade emocional”, esclarece. A psicóloga diz ainda que, com o tempo, isso pode impactar na qualidade de vida e contribuir para condições graves como depressão ou uso de drogas.

Como desenvolver inteligência emocional

Déborah aponta o autoconhecimento como uma das maneiras de atingir a inteligência emocional. “É um dos principais pilares da inteligência emocional e refere-se à habilidade de compreender a si mesmo através da descoberta constante das próprias qualidades, potencialidades, pontos fortes e vulneráveis que necessitam ser trabalhados. É também possível compreender questões que se referem à autoconsciência e suas relações com a autoestima, empatia, interações sociais benéficas, entre outros aspectos”, destaca Déborah. De acordo com a especialista, esse é um trabalho que requer um esforço contínuo e que depende de fatores pessoais e circunstanciais. “Inúmeros benefícios são observados, desde a vida pessoal à carreira profissional”, complementa.

Para conseguir um bom nível de autoconhecimento, a especialista cita a psicoterapia como a melhor forma. “É um processo em que podem emergir compreensões fundamentais para melhorar nossas relações conosco mesmos, com os outros e com o mundo em que somos lançados. Além disso, também torna-se possível enfrentar sofrimentos existenciais e explorar seus verdadeiros desejos, valores e medos, viabilizando o reconhecimento da liberdade e responsabilidade, que pode resultar em uma existência mais significativa e autêntica”, defende Déborah.

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