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Metaverso: uma forma virtual de expansão da realidade

Anunciado recentemente como o próximo nível da Internet, o metaverso poderá ser vivido em várias dimensões

às 18h24
Avatar do fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, apresenta o sistema de metaverso a ser operado pela empresa, que também mudou de nome (Reprodução/Facebook)
Avatar do fundador do Facebook, Mark Zuckerberg, apresenta o sistema de metaverso a ser operado pela empresa, que também mudou de nome (Reprodução/Facebook)
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O termo metaverso causou susto em muita gente, desde que foi citado como novo ramo de negócios do Facebook, rede social cuja empresa gestora mudou de nome para tentar contornar uma crise. Mas a palavra e seu significado não são novidades. O nome surgiu pela primeira vez no livro de ficção científica Snow Crash, de Neal Stephenson, em 1992. Só em 2003 foi criado o primeiro metaverso: o jogo Second Life, criado pela Linden Lab. 

Apesar de novo e animador, o jogo não teve continuidade por conta da necessidade de um grande processamento de dados que não era comportado na época. Nos dias de hoje, a internet pode ainda comprometer o acesso a multidimensões online, ao se considerar a velocidade da internet 4G, porém isto pode ser melhorado com o tempo pelas operadores de telefone e fornecedoras de internet wi-fi, ainda mais com a chegada da Internet 5G, cujo processo de implantação está sendo iniciado no Brasil . 

O professor Joebson Silva de Oliveira, coordenador do curso de Administração do Centro Universitário Tiradentes (Unit Pernambuco) explica que o termo metaverso ganhou notoriedade agora com o Facebook, no momento em que seus mais novos avanços tecnológicos foram apresentados. “O que impulsionou inclusive a mudança do nome da empresa para Meta durante a conferência Facebook Connect, evento de realidade virtual (VR) e realidade aumentada da empresa (AR)”, disse ele.

Mas o que é o metaverso?

A definição de metaverso, segundo Matthew Ball, autor do livro Metaverse Primer (2003) é “uma rede persistente, de mundos e simulações renderizadas em tempo real e 3D que oferecem identidade contínua a objetos, história e direitos que podem ser experimentados de forma síncrona por um número ilimitado de usuários, cada um com sua presença individual”. Ou seja, é um mundo 3D virtual compartilhado em que os mundos são interativos, imersivos e colaborativos, conectados no espaço. 

“O metaverso nada mais é do que a possibilidade de se acessar uma espécie de realidade virtual paralela em que uma pessoa pode ter uma experiência de imersão. O que também pode ser chamado de realidade aumentada, mas técnica e funcionalmente, o metaverso não é algo real, busca passar uma sensação, uma experiência de realidade, e possui toda uma estrutura no mundo real para isso. A partir dessa ideia de imersão, diversos metaversos surgiram por exemplo com o mercado dos videogames, onde jogadores, utilizando óculos, “entram” no ambiente do jogo”, explica Joebson.

O conceito de metaverso já é trabalhado atualmente em jogos como Fortnite, em que milhões de adolescentes e adultos se reúnem diariamente e, entre um tiroteio e outro, ficam à toa e assistem a shows de artistas, assemelhando-se ao que era em Second Life, Call Of Duty e Valorant, em que vários jogadores se reúnem online para jogatinas com chamadas de voz. 

Diferentes metaversos também foram trabalhados em animações e filmes como Matrix, Tron, Ready Player One, e a série Kiss me First, da plataforma de streaming Netflix lançada em 2018. “Muito em breve veremos um outro nível de metaverso, mais otimizado, realista e voltado para a melhoria da experiência na internet de modo a conquistar um público cada vez maior e com novos mercados que oferecerão uma experiência comum às pessoas”, conclui o professor.

Asscom | Grupo Tiradentes 

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