O vício em videogames é um novo tema preocupante para se debater na sociedade. Segundo pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), os jovens estão cada vez mais imersos nesse mundo virtual. E o uso exagerado leva à consequências.
A pesquisa, feita pelo Instituto de Psicologia (IP) da Universidade de São Paulo (USP), apontou que os jovens brasileiros fazem uso exagerado do videogame, em comparação com o resto do mundo. O levantamento foi feito a partir de um questionário, com a participação de 3.939 alunos de escolas públicas de São Paulo, Fortaleza e Eusébio (CE), e tinham idade de 12 a 14 anos, sendo 50% de classe média. Segundo as respostas, 85% dos entrevistados jogam videogames e 28,17% se enquadram nos critérios de Transtorno de Jogo pela Internet (TJI), termo que está presente no manual da Associação Americana de Psiquiatria.
A taxa de uso de videogames está normal, mas o que preocupa é o índice do Transtorno de Jogo, que está bem alto em comparação com outros países.
Características – A Organização Mundial de Saúde (OMS) já classifica o vício em jogos eletrônicos como doença. Ou seja, existem sintomas que acompanham essa condição, como: jogar muito tempo e não interagir com outras pessoas na vida real, problemas no rendimento escolar, insônia e irritação quando afastado do videogame – abstinência.
Tratamento – Para tratar o vício em videogames, é preciso a ação de vários componentes. Um deles é a psicoterapia cognitivo-comportamental, onde o profissional irá estabelecer relações entre o comportamento do paciente e tentar ajudar no processo.
Grupos de apoio podem ser uma boa ideia, já que são pessoas passando pelo mesmo problema, e a conversa com o compartilhamento de sentimentos e emoções ajudam a superar o vício. A família também tem sua parte no tratamento, com conversas, estímulos a outras atividades e negociações de tempo.