A hanseníase é uma doença antiga, infectocontagiosa e bacteriana, com casos registrados já no século 6 a.C. Causada pela Mycobacterium leprae, também conhecida como bacilo de Hansen, tem como sintomas característicos o aparecimento de manchas vermelhas ou esbranquiçadas pelo corpo, fraqueza muscular, perda da sensibilidade (dor, tato ou calor), problemas de cicatrização nas mãos e pés, bem como fraqueza, dormência ou formigamento.
Atualmente, o Brasil é o segundo país do mundo em número de casos da doença, segundo a Organização Mundial da Saúde e, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), estima que a cada ano surgem cerca de 30 mil novos casos de hanseníase. Nessa doença, a descoberta e o tratamento precoce são fundamentais, pois, evitam que a hanseníase se agrave, o paciente desenvolva incapacidades físicas e transmita a doença para outras pessoas (através de gotículas de saliva).
Nesse contexto, o Janeiro Roxo surge como uma maneira de conscientizar a população e levar informações sobre a doença que, mesmo com o tratamento, os pacientes ainda sofrem preconceito e são estigmatizados. A campanha também tem como objetivo disseminar quais os cuidados necessários e formas de prevenir a hanseníase, bem como a necessidade de combatê-la e, ainda, lembrar aos pacientes que é possível encontrar o tratamento de forma gratuita através do Sistema Único de Saúde (SUS).