Uma doença antiga, citada até na Bíblia como lepra ou mal de Lázaro, e conhecida até os dias de hoje é a hanseníase. De acordo com dados da OMS, Organização Mundial da Saúde, o Brasil é o segundo país do mundo em número de casos e, ainda de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SDB), surgem, em média, cerca de 30 mil novos casos de hanseníase por ano.
Se trata de uma doença infectocontagiosa e bacteriana, causada pela Mycobacterium leprae, também conhecida como bacilo de Hansen. Uma das características mais conhecidas é o surgimento de manchas na pele, sejam esbranquiçadas ou vermelhas, acompanhadas pela perda de sensibilidade para dor, tato ou calor. Além disso, os pacientes também podem apresentar fraqueza, dormência ou formigamento nas mãos e pés, diminuição da força muscular, caroços, placas ou inchaço pelo corpo, principalmente nas orelhas, cotovelos e mãos e problemas de cicatrização, geralmente, nas mãos e pés.
A transmissão é feita através das secreções das vias aéreas e gotículas de saliva, durante a respiração, tosse, fala ou espirro. É importante ter um diagnóstico precoce porque a doença, em casos avançados, pode atingir os olhos, nervos periféricos e outros órgãos. O diagnóstico é clínico e, através de um exame laboratorial, a baciloscopia, é possível detectar a doença.
O tratamento para hanseníase é feito a partir do antibiótico rifampicina e, a depender do tipo da doença, o tempo de uso varia entre 6 meses e 1 ano. É possível encontrar o medicamento e fazer todo o tratamento no Sistema Único de Saúde, SUS, de maneira gratuita.