Um dos principais cartões-postais da Ilha de Itamaracá – município da região metropolitana do Recife – a Fortaleza de Santa Cruz de Itamaracá, mais conhecida como Forte Orange, possui uma história que remonta ao século XVII. A fortificação foi construída durante o período da invasão holandesa com o objetivo de proteger as terras de outros invasores ou de embarcações espanholas que poderiam aparecer no litoral. Hoje, o Forte Orange é de grande importância turística, cultural e histórica, tanto para a cidade quanto para Pernambuco.
Homenagem
Em 1630, os holandeses invadiram e dominaram a então “Capitania do Pernambuco”, cuja sede era Recife, na região costeira do estado. Para proteger a região de ataques espanhóis, foram erguidos os famosos “fortes”, construções militares feitas de pedra que possuíam canhões. A ordem de construção foi dada pelo oficial holandês Steyn Callenfels, um ano após o início da invasão. O nome “Orange” foi escolhido como uma homenagem ao príncipe holandês Frederico Henrique de Orange, tio de Maurício de Nassau, representante holandês que administrava Pernambuco.
O Forte Orange, além de ser um lugar apto para estratégias militares, também possuía uma localização decisiva para o escoamento de mercadorias que saíam de Recife e Olinda. Mas, em 1649, com o fim da Batalha dos Guararapes, a invasão holandesa teve fim e o forte foi retomado pelas forças militares luso-brasileiras. Foi, então, renomeado como Fortaleza de Santa Cruz de Itamaracá, mas a construção permanece conhecida como Forte Orange até os dias atuais.
Após esse período, o Forte Orange caiu em desuso por quase dois séculos. Mas, em 1938, a construção foi tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) . Pesquisas arqueológicas despertaram novamente o interesse no local, que passou a ser utilizado como fonte de estudo sobre a arquitetura militar holandesa. Hoje, é aberto para visitação gratuita diariamente, das 9h às 17h. Entre canhões, ruínas e vista privilegiada para o mar, o Forte Orange permanece contando para turistas e para a população histórias que marcaram a região desde séculos atrás.