Nos últimos dias, o noticiário nacional tem sido tomado pelo alarmante aumento de doenças relacionadas à picada do mosquito Aedes aegypti, facilmente encontrado em regiões de clima quente, como no Nordeste.
No Recife, sempre houve registros de casos de dengue, mas neste ano, duas “primas” da doença, a chikungunya e o zika vírus, este último relacionado aos casos de microcefalia recém-diagnosticados, chegaram com força e tem se alastrado pelo estado provocando, lotação em hospitais e um verdadeiro problema de saúde pública.
Por conta disso, na última sexta, 04, a Faculdade Integrada de Pernambuco – UNIT, foi convidada pela Prefeitura do Recife a participar do Plano Emergencial de Enfrentamento ao Mosquito, iniciativa que também vai contar com o apoio de ONGs, igrejas Católica e Evangélicas e do Exército Brasileiro.
No encontro, realizado na sede da prefeitura, estiveram presentes o prefeito do Recife, Geraldo Júlio, o secretário municipal de Saúde, Jaílson Silva, o coordenador da plataforma de voluntariado municipal, Transforma Recife, Fábio Silva.
Representando a UNIT, o coordenador de Pesquisa e Extensão – COPEX, professor Pedro Paulo Procópio, colocou a comunidade acadêmica da instituição a disposição para contribuir no envolvimento contra o Aedes aegypti.
“Proponho através dos nossos professores e alunos de Saúde, a atuação como multiplicadores, na realização de palestras informativas sobre cuidados para evitar a proliferação das doenças, como a atenção ao acúmulo de água parada e os principais sinais da infestação, além de estimular o cadastro na plataforma de voluntariado”, salientou Pedro Procopio.
Para o prefeito Geraldo Júlio, a “guerra” contra o mosquito apenas começou, mas é através da ajuda de instituições como a UNIT, que a população será a maior beneficiada.
“Criamos este plano de enfrentamento baseado em quatro pilares: a sensibilização sobre a doença, o combate ao Aedes aegypti, realização de estudos e pesquisas científicas para mitigar causas e efeitos e a inovação. Sem dúvidas, é a maior força-tarefa já criada com o mesmo intuito, e precisaremos de ações eficazes que partam de todos e não só do poder público”, afirmou.
Segundo dados da Secretaria de Saúde do Recife, apenas em 2015, houve aumento de 838,2% de casos registrados de dengue, sendo 25.219 casos prováveis e 15.168 confirmados.
Também foram confirmadas 112 pessoas acometidas pela Chikungunya e uma acometida pelo Zika vírus.
Com relação a casos de microcefalia, onde recém-nascidos apresentam o perímetro do crânio menor ou igual a 33cm, até o momento 115 casos foram confirmados.
Para quem deseja atuar como voluntário no enfrentamento ao Aedes aegypti, pode concorrer a uma das 500 vagas oferecidas pela plataforma de voluntariado Transforma Recife. Para saber mais acesse www.transformarecife.com.br e realize seu cadastro.