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Dia de Conscientização do Autismo foca na importância de acesso à informação

Data é uma oportunidade para falar sobre inclusão, desmistificação de preconceitos e desinformação

às 20h09
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No dia 2 de abril comemora-se o Dia de Conscientização do Autismo, transtorno que faz parte de um espectro de condições que limitam habilidades, interações sociais, comportamentos, a fala e comunicação não-verbal. Dessa forma, ao falar de um “espectro”, refere-se a uma ampla variação, fazendo com que cada pessoa receba um diagnóstico único de Transtorno do Espectro Autista (TEA). “Isso porque a gente enquadra vários níveis desse transtorno, os leves, moderados e graves que a gente passou a chamar níveis de suporte 1, 2 e 3”, explica Giedra Marinho, psicóloga e professora do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE). 

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 70 milhões de pessoas no mundo são autistas. De acordo com o Hospital Israelita Albert Einstein, 150 mil novos casos de autismo são diagnosticados por ano no Brasil. Estima-se que o Brasil tenha hoje cerca de 2 milhões de autistas. 

De acordo com especialistas, esse diagnóstico cresce cada vez mais devido ao maior acesso da população aos serviços de diagnóstico; à formação de profissionais capazes de detectar o transtorno; aos pais, professores e pediatras mais conscientes e informados para levantar as primeiras suspeitas; ampliação da compreensão do que é autismo; e possíveis fatores ambientais que colaboram para a maior frequência de TEA.

Vários desafios são enfrentados por essas pessoas e por quem as cuida. A data é uma oportunidade para falar sobre a inclusão, respeito às diferenças, desmistificação de preconceitos e desinformação. É preciso lembrar que as pessoas com esse espectro podem ter autonomia e capacidade para realizar diversas tarefas. “O que precisamos é da informação correta, para dar espaço para se expressarem”, diz Hortência Andrade, nutricionista materno-infantil e professora do curso de Nutrição da Unit-PE. 

“O dia de hoje é extremamente gratificante e importante para a gente mostrar que o autismo é uma condição e não uma doença. E, como condição, os autistas têm plena capacidade de viver em sociedade, de produzir em todas as áreas, em todos os aspectos que envolvem o ser humano”, complementa Giedra Marinho.

Apoio multidisciplinar

Os desafios podem ser melhor guiados e superados com estímulos corretos e orientação multiprofissional, o que envolve o papel essencial de profissionais de saúde e da educação. O apoio nutricional adequado, por exemplo, contribui ativamente no tratamento do TEA. “Favorece demais, pois o uso de nutrientes e suplementos que trazem saúde às células do sistema nervoso conduzem o tratamento de forma eficiente. Por isso a importância de consumir alimentos ricos em óleos essenciais como o ômega-3 e também alimentos ricos em probióticos para promover benefícios ao cérebro”, reitera Hortência. 

Os psicólogos também desempenham um papel fundamental no suporte às pessoas com Transtorno do Espectro do Autismo (TEA) e suas famílias. O autismo é um quadro para vida toda e portanto não há uma cura. Sendo assim, o reconhecimento precoce, assim como a psicoterapia, as terapias comportamentais, educacionais e familiares reduzem os sintomas e fornecem um pilar de apoio ao desenvolvimento e à aprendizagem.

Centro Universitário Tiradentes oferece atendimento odontológico gratuito

Alunos do 9° período do curso de Odontologia da Unit-PE atendem pessoas autistas de forma especializada na Clínica para Pacientes com Necessidades Especiais. O serviço é gratuito e acontece todas as segundas-feiras e quartas-feiras, das 8h45 às 11h30. São recebidas de 15 a 20 pessoas, em dia de atendimento. 

No local, são realizados procedimentos como raspagem, limpeza de gengiva, restauração, tratamento de canal, extração dentária, entre outros.

O atendimento também é voltado para pessoas de todas as idades com algum tipo de deficiência física, além de indivíduos neurodivergentes, até mesmo idosos e grávidas. “Além dos autistas, ainda estão aptos a receberem esse atendimento as pessoas com paralisia cerebral, Alzheimer ou Síndrome de Down, hipertensos, diabéticos descompensados, entre outros diagnósticos”, explica André Cavalcante, professor da disciplina. 

Para agendar uma consulta, é preciso ligar para o telefone: (81) 3878-5141. 

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