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Desmotivação x depressão: entenda a diferença

Apesar de serem relacionados, existem dissemelhanças entre termos

às 21h04
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Comumente confundidas e relacionadas, a desmotivação e a depressão são diferentes, mas devem ser tratadas com a mesma atenção. Existem formas de diferenciar e tratar cada uma: Vladya Lira,  psicóloga e professora da Unit-PE, explica os motivos, as intervenções e os detalhes sobre as condições. 

A depressão 

Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), a depressão é um transtorno comum, mas sério, que interfere na vida diária, capacidade de trabalhar, dormir, estudar, comer e aproveitar a vida. É causada por uma combinação de fatores genéticos, biológicos, ambientais e psicológicos. Dados da Organização Mundial de Saúde (OMS) relatam que o Brasil apresenta 5,8% da população depressiva. “Na depressão, a depender de sua intensidade, o deprimir é generalizado, é um processo de adoecimento que demanda terapia e, às vezes, intervenções medicamentosas”, aponta Vladya Lira,  professora e psicóloga da Unit-PE.

Causas

Pessoas que sofrem da doença relatam quadros de tristeza, mudanças comportamentais e de humor, choro repentino, perda de apetite e falta de vontade de fazer coisas que antes eram prazerosas, por exemplo. Os fatores que a causam são diversos e o paciente não consegue identificar apenas um, podendo apresentar os mesmos comportamentos por semanas, meses e até mesmo anos. A psicóloga explica que existem diversos motivos e que é preciso avaliar cada indivíduo de forma única. “Têm fatores psicosocioemocionais, além de ser interessante avaliar o lítio da pessoa, substância que, quando diminuída no corpo, gera tristeza e desmotivação”, salientou Vladya. 

A desmotivação

Já a desmotivação acompanha os mesmos quadros de melancolia, choro, pessimismo, mas é algo momentâneo e, nesse caso, é possível identificar a causa principal – geralmente fatores externos. Muitas vezes está ligada a uma falta de reconhecimento profissional, frustrações no cotidiano e problemas financeiros, familiares e pessoais. 

“Desmotivação pode estar relacionada a algo que não te deixa entusiasmado. Por exemplo, o trabalho não faz sentido, ou o curso que escolheu. Pode ser também por algo que mudou. O paciente pode estar desmotivado para ir ao trabalho, mas não estar desmotivado para encontrar amigos ou fazer viagens, por exemplo”, explica a psicóloga. 

Tratamento

Por mais que sejam parecidos, é necessário observar a recorrência desses quadros, questionar suas causas e buscar ajuda de psicólogos e/ou psiquiatras, para que se tenha a melhoria no bem-estar.

“O profissional poderá identificar situações psicoafetivas e sociais que estão gerando desmotivação, ou se caracteriza mesmo como uma depressão. É preciso contextualizar cada situação, e no tratamento, vamos promover um processo de autoconhecimento que favorece a tomada de decisões e o conhecimento de si mesmo”, salientou a psicóloga. 

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