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Cuidados de biossegurança são reforçados na Odontologia

O objetivo é a proteção contra doenças infecciosas causadas pela transmissão de vírus, fungos ou bactérias

às 17h17
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Nunca ouvimos falar tanto em biossegurança quanto no último ano, por conta da pandemia. Só que esse é um assunto de preocupação antiga, especialmente entre os profissionais da área de saúde, mas envolvendo também diversas outras áreas. Odontólogos estão entre os mais expostos à contaminação em seu trabalho e, por isso, devem tomar uma série de cuidados para a preservação da saúde.

A biossegurança sempre foi muito importante para garantir a segurança e a saúde de dentistas, auxiliares e pacientes, pois determina os procedimentos que devem ser realizados dentro de um consultório para evitar a propagação de doenças. Existe uma grande variedade de agentes biológicos, ambientes de trabalho e técnicas que podem determinar uma exposição aos fatores de risco biológico, físico ou químico. Por essa variedade, cada área profissional passa por uma avaliação específica, que considera o tipo de serviço prestado e o contexto em que os profissionais estão inseridos. 

O objetivo principal é a proteção contra doenças infecciosas, causadas pela transmissão de vírus, fungos ou bactérias, que são transmissíveis de uma pessoa para outra. No caso específico de odontólogos, esses agentes podem estar no sangue, na saliva e em secreções respiratórias, tanto na boca de um paciente quanto nas mãos dos profissionais. Podem estar ainda nos utensílios, no ar, nas gotículas e aerossóis produzidos pelo uso dos equipamentos perfurantes presentes no consultório. 

Odontologia na pandemia

No caso dos dentistas, a biossegurança cuida especialmente dos procedimentos dentro do consultório e, por isso, o alerta foi imediato com a descoberta do novo coronavírus, dada a sua rápida transmissão pelas gotículas de ar. No consultório odontológico, o ambiente de atendimento é fechado e a distância entre o profissional e seu paciente no momento do tratamento é menos de um metro, duas das situações propícias para a contaminação.

Além disso, o uso de peças de mão movidas a ar e dispositivos ultrassônicos geram aerossóis, espalhando mais gotículas do que o normal. Esta realidade foi mostrada numa reportagem publicada em abril de 2020 pelo jornal americano The New York Times, o qual mostrava como os dentistas são os trabalhadores mais expostos à propagação de SARS-CoV-2, superando enfermeiros e médicos. A partir dessa nova realidade, novas medidas preventivas de segurança foram iniciadas nos consultórios odontológicos, buscando aumentar a segurança no atendimento, evitar contágio e diminuir os riscos durante a atividade profissional. 

A norma regulamentadora NR 32, criada em 2015, fornece as diretrizes das medidas de proteção aos trabalhadores e usuários de saúde. Com a pandemia, novos procedimentos foram adotados pelos dentistas, como a suspensão do uso de aparelhos que emitem aerossóis, entre outros. Buscou-se evitar a transmissão do coronavírus durante os atendimentos e também permitir que os consultórios pudessem permanecer abertos

O novo contexto também fez com que se voltasse a discutir as práticas essenciais para o bom funcionamento de um consultório. Com esta preocupação em mente, mas sem abandonar os cuidados com a saúde bucal, qualquer paciente pode observar e até mesmo questionar seu dentista sobre os itens de biossegurança que ele adora em seu consultório. 

Entre os mais comuns estão a assepsia, limpeza e higienização (esterilização e a desinfecção) de todos os instrumentos, equipamentos e produtos utilizados nos atendimentos. Esses termos parecem sinônimos para os leigos, mas não são, pois cumprem cada um deles uma função específica e fundamental para evitar a contaminação cruzada entre pacientes diferentes. Além disso, o dentista deve fazer uso de todos os Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), que são básicos para a atividade e protegem do contato com microorganismos transmissores de doenças. 

Asscom | Grupo Tiradentes

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