Pesquisa realizada pela Universidade de Brasília (UnB), em 2022, aponta que as principais publicações das editoras brasileiras, entre 1965 e 2014, são de autores homens e brancos. Mesmo com o aumento da percepção da importância de se debater o assunto, o negro ainda é colocado como personagem mais vezes do que como autor.
Diante desse cenário, é importante buscar produções literárias de pessoas pretas para mudar essa realidade. Separamos algumas dicas.
– “Eu destilo melanina e mel”, de Upile Chisal – A obra traz poemas curtos que falam sobre o que é ser negra e mulher, além de mostrar como se supera uma dor, a violência, o preconceito e os obstáculos.
– “Você pode fazer a diferença”, de Stacey Abrams – Stacey Abrams é uma mulher negra vinda de família pobre dos Estados Unidos. Ela conseguiu chegar à prestigiosa Faculdade de Direito de Yale e construiu carreira como executiva em empresas importantes. Nesse livro, ela reúne suas memórias e oferece conselhos para mulheres e pessoas não brancas que desejam mudar suas vidas
– “O catador de sonhos”, de Geraldo Rufino – Rufino começou a vida como catador de lixo reciclável e hoje é presidente da JR Diesel, empresa com faturamento superior a R$ 50 milhões/ano. Ele mostra a importância de enfrentar a vida com ânimo e, assim, conseguir virar o jogo.
– “O tapete voador”, de Cristiane Sobral – Essa coletânea de contos aborda temas como empoderamento negro e discriminação racial. A obra é centrada em personagens femininas que lutam para alcançar seus objetivos.
– “O pacto da branquitude”, de Cida Bento – Na obra, Cida Bento desmistifica o discurso da meritocracia, denunciando e questionando a universalidade da branquitude e a hierarquia das relações sociais.