A preparação para um intercâmbio internacional é um processo complexo e que leva meses para ser concluído. É necessário, por exemplo, reunir diversos documentos, tirar um visto, entre outras etapas. Também é preciso se preparar financeiramente, já que muitos desses passos não são gratuitos, como a expedição de um passaporte, por exemplo. Mas, tão importante quanto essas medidas, o estado emocional do intercambista também precisa estar pronto. Afinal, trata-se de uma grande alteração na rotina e uma saída da zona de conforto.
Caso essa mudança seja por um período mais curto, como um mês, o intercambista pode não se sentir tão desconfortável assim, pois essas experiências mais rápidas podem passar a sensação de serem apenas uma viagem de férias, que logo vai acabar e o estudante voltará para casa. Mas, se o intercâmbio durar alguns meses, será necessário um maior preparo psicológico. Além disso, Karina Paz, supervisora de Carreiras do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE), localizado na Imbiribeira, ao lado do Geraldão, e da Faculdade Tiradentes (Fits), localizada em Goiana, afirma que um intercâmbio é, por si só, uma grande mudança. “Você está indo para um lugar com uma cultura diferente, pessoas diferentes. Isso já é um grande desafio”, detalha.
Um outro possível obstáculo pode ser a diferença de idioma, de acordo com Karina. Caso o intercambista não tenha tanto domínio prévio da língua, algumas dificuldades podem surgir. Ela alerta ainda que “haverá países que vão recepcionar melhor o intercambista e outros que não”. Mas, em lugares mais receptivos, é possível encontrar pessoas que podem ajudar o estudante a aprender mais, sem julgamentos prévios. Karina acrescenta que é importante que o aluno pesquise sobre o destino para onde vai. “O ideal é que ele busque informações sobre a localidade, a cidade que ele vai ficar, como é a cultura daquele país, como é a questão financeira naquele local”, explica.
Alunos são acompanhados de perto
Karina esclarece que a Unit-PE e a Faculdade Tiradentes (Fits) ajudam o estudante desde o momento em que ele escolhe o país de destino. “Apoiamos o intercambista nas pesquisas, trazemos estudantes que participaram de programas anteriores, indicamos contatos de pessoas que já viajaram para aquela região. Tentamos passar essas informações e acompanhar tudo desde o princípio”, explica. Além desse contato próximo, Karina detalha que os alunos têm à disposição o Núcleo de Apoio Pedagógico e Psicossocial (NAPPS), para que eles possam usufruir em momentos de necessidade. Ela também ressalta que o Grupo Tiradentes, por meio da Central de Relações Internacionais, emite um relatório para acompanhamento dos intercambistas.
Mais dicas
Tentar conhecer outros brasileiros também pode ser útil, uma vez que, existem muitos vivendo fora do país: quase 4,6 milhões, segundo o Ministério das Relações Exteriores. Fazer as atividades que se gosta, além de manter contato com familiares e amigos também são dicas importantes.