No Brasil, no último ano, cerca de 9,1% da população acima de 18 anos era fumante, de acordo com a Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel).
O tabagismo é considerado uma doença crônica causada pela dependência à nicotina, que é um psicoativo e, por isso, também faz parte dos transtornos mentais e comportamentais, de acordo com a Revisão da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10). A maneira que a nicotina age no corpo é rápida e atinge o Sistema Nervoso Central, a partir da liberação de substâncias como dopamina e serotonina, traz uma sensação de prazer, relaxamento e bem estar. Além disso, causa um pequeno aumento na frequência cardíaca e respiratória.
Com o tempo, o corpo começa a se “acostumar” com as substâncias presentes no cigarro e se torna dependente, querendo sempre mais. Entre os riscos de fumar estão a possibilidade de desenvolver diversos tipos de câncer, entre eles o de pulmão e de laringe, além de bronquite crônica, problemas circulatórios, infarto, impotência sexual, catarata e, até mesmo a morte – o tabagismo mata cerca de 443 brasileiros por dia, de acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA).
Quando tentam se livrar do cigarro, as pessoas dependentes costumam sentir dificuldades e apresentam sintomas como ansiedade, boca seca, dores de cabeça, vontade incontrolável de fumar novamente, dificuldades para dormir e outros. Em muitos casos, a ajuda profissional pode ser necessária, para que os pacientes não tenham crises de abstinência e voltem a fumar.