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Como estudar sozinho em casa

É possível potencializar os estudos com alguns hábitos

às 20h58
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Estudar em casa pode ser desafiador, devido a possíveis distrações. Televisão ligada, barulhos, pessoas conversando. Tudo isso pode acabar atrapalhando o estudante, fazendo-o perder a linha de raciocínio. Mas, caso essa seja a única opção, é preciso criar estratégias para conseguir focar nos estudos. Ana Paula Melo, psicopedagoga do Núcleo de Apoio Pedagógico e Psicossocial (NAPPS) do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE) — localizado na Imbiribeira, ao lado do Geraldão — pontua algumas maneiras de manter a atenção. “Ter um ambiente dedicado e organizado é essencial, além de intervalos regulares durante o estudo ajudam a  manter a concentração”, detalha.

A especialista ressalta a importância de ter um local exclusivo para os estudos. “É útil estabelecer um espaço afastado de áreas de alta atividade da casa, como a sala de estar ou a cozinha”, acrescenta. De acordo com Ana Paula, esse local escolhido deve ser organizado, confortável e bem iluminado. É fundamental que os materiais de estudo sejam facilmente acessíveis e o lugar esteja livre de desordem. Tudo isso contribui para a diminuição de distrações, facilitando o aprendizado. Além disso, a rotina (incluindo local de estudos fixo) e a organização ajudam na produtividade. Também é aconselhável manter o celular longe, ou deixá-lo no silencioso.

Métodos

Para além da configuração do espaço de estudo, o aluno também precisa definir um método eficaz. “A escolha depende do estilo de aprendizagem e das preferências pessoais de cada aluno”, explica Ana Paula. Dentre as estratégias indicadas por ela, está o método Cornell, criado por Walter Pauk, que era professor da Universidade Cornell, nos Estados Unidos. Essa técnica consiste em uma divisão visual das anotações. Primeiro, traça-se uma linha vertical, deixando uma pequena seção ao lado esquerdo da folha, e depois uma linha horizontal, dando espaço para uma seção de rodapé. Durante a aula, o aluno deve fazer anotações no espaço do lado direito da folha; depois, deve anotar os pontos principais na seção do lado esquerdo e, por fim, fazer o resumo de tudo que absorveu na parte de baixo do papel.

Uma outra estratégia recomendada pela especialista é a técnica de revisão espaçada. Esse método foi criado a partir de teorias sobre o esquecimento, do psicólogo alemão Hermann Ebbinghaus. Segundo o pesquisador, o processo de esquecimento de um novo assunto se inicia logo após o primeiro contato e isso vai se intensificando com o tempo. Por isso, a técnica consiste em estudar um novo assunto hoje, revisá-lo no dia seguinte, depois mais uma vez após uma semana, e, por fim, após um mês. Essa maneira de estudar vai em concordância com outras pesquisas, que apontam que fracionar o estudo é mais vantajoso do que tentar absorver todo o conteúdo de uma única vez.

Administração do tempo

Não é apenas o conteúdo que deve ser fracionado, mas também o tempo dedicado a uma mesma sessão de estudos. Ana Paula defende que o estudante deve fazer intervalos para descansar a mente. “Recomenda-se um intervalo de 10 minutos a cada 40 minutos de estudo, o que ajuda o cérebro a absorver melhor o conteúdo. No entanto, a duração dos intervalos pode variar de acordo com as preferências individuais e a complexidade da tarefa em questão”, afirma. O próprio sono é crucial para o aprendizado, segundo uma pesquisa da Universidade de Lübeck, na Alemanha. Conforme aponta esse estudo, a consolidação de novas memórias ocorre com a ajuda de neurotransmissores que são desenvolvidos durante o sono.

Ana Paula também destaca o valor de um cronograma de estudos. Segundo a psicopedagoga, esse tipo de organização permite ao estudante dividir o seu tempo de maneira igualitária entre as diversas disciplinas e atividades que precisa realizar, evitando que alguma seja deixada de lado. “Além disso, a organização ajuda a reduzir o estresse e a ansiedade, proporcionando uma sensação de controle sobre as responsabilidades acadêmicas”, complementa.

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