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Como deixar de ser endividado, mesmo em tempos de crise?

Neste período de pandemia e crise, o número de endividados cresceu, mas um planejamento financeiro bem-feito torna possível sair do vermelho

às 15h35
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Períodos de crise potencializam, entre outras coisas, o endividamento. Neste momento de pandemia, que se arrasta por cerca de um ano e meio, o número de pessoas endividadas cresceu significativamente, o que torna a recuperação financeira um novo desafio a ser superado.

De acordo com um levantamento realizado pelo Banco Central, e divulgado no fim do mês de julho, o endividamento das famílias chegou a 58,5% em abril, o que representa, segundo a análise da instituição, um recorde. Já o comprometimento da renda mensal das famílias foi de 30,5%. Em uma análise simples, isso significa que, para cada R$ 100 recebidos por uma família, já havia uma dívida contraída de quase R$ 60.

Neste cenário, o processo de recuperação financeira é algo desafiador, mas sair do vermelho é algo possível e exige planejamento, como destaca o professor Joebson Oliveira, coordenador pedagógico do curso de Administração do Centro Universitário Tiradentes (Unit Pernambuco). “Primeiramente, planejamento financeiro envolve algo muito simples, que infelizmente torna-se difícil para muita gente, ou seja, gastar menos do que se ganha! Esse seria o primeiro passo para evitar, inclusive, o endividamento. É preciso eleger prioridades tanto na hora de se planejar financeiramente, quanto para sair do vermelho. Neste processo de reestruturação, muito mais valioso do que conhecimentos técnicos é o tal do bom senso”, ressalta.

O panorama de recuperação financeira, que inclui desde a quitação de dívidas com cartão de crédito a financiamentos imobiliários e de veículos, empréstimos, entre outros, é ainda mais difícil para famílias, que além de endividadas, tiveram que encarar redução na remuneração ou mesmo situação de desemprego neste período de pandemia. Um estudo do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) mostra que a massa de salários em circulação caiu R$ 12 bilhões no período de um ano, o que representa um recuo de 5,4% no trimestre encerrado em abril, em comparação ao mesmo período de 2020.

“A situação está difícil para todo mundo, sendo que a diferença é saber como agir em função da crise. Por isso, uma orientação básica é elencar as dívidas, colocar no papel para visualizar melhor e eleger prioridades. Feito isso, assim que possível busque quitar as dívidas com juros mais altos até chegar àquelas com juros menores. Por fim, neste processo de recuperação financeira, busque opções de renda complementar e por menor que seja o valor, crie uma reserva mensal”, orienta Joebson. 

Asscom | Grupo Tiradentes

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