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Como conseguir o primeiro estágio?

Especialista explica tudo que é preciso saber para conseguir uma vaga

às 15h10
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O primeiro estágio é uma ótima oportunidade não só para aprender mais sobre o curso escolhido na graduação, mas também para colocar em prática aquilo que se aprende na faculdade. Estagiar também pode ajudar o estudante a se inserir no mercado de trabalho, já que se trata da primeira experiência profissional, além de permitir a criação de uma rede de contatos, que pode ser útil futuramente. Seja um estágio obrigatório ou opcional, esse momento é de grande ajuda para que os alunos entendam como funciona a profissão na prática e até mesmo pensem se realmente querem seguir na área. O período de ingresso em um estágio varia de curso para curso, mas Karina Paz, supervisora de Carreiras do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE) — localizado na Imbiribeira, ao lado do Geraldão — ressalta que alguns alunos podem conseguir um estágio logo cedo. “Essa busca pode acontecer desde o primeiro período em cursos como Administração, Análise e Desenvolvimento de Sistemas e Direito”, afirma.

A construção do currículo é um dos primeiros passos para conseguir um estágio. É necessário ter um bom nível de autoconhecimento para entender quais pontos fortes e habilidades possui e que podem ser úteis para a vaga. Também é importante conhecer os tipos de competências: as “hard skills” e as “soft skills”. As primeiras dizem respeito aos conhecimentos técnicos, que se aprendem em cursos e na graduação. Já as soft skills são as habilidades comportamentais e interpessoais, como proatividade e empatia. Essas últimas dependem muito mais da personalidade de cada um, mas são tão importantes quanto as hard skills. Karina deixa claro que muitos alunos que procuram o primeiro estágio vêm do Ensino Médio e ainda têm muito o que aprender. “No decorrer da graduação, haverá oportunidades para desenvolver isso. Mas o aluno já tem que começar a pesquisar no mercado quais são as habilidades necessárias”, explica. 

Competências importantes 

Dentre as competências importantes, a especialista destaca a habilidade de se posicionar, a atenção, o trabalho em equipe e o comprometimento. Por isso, o estudante deve se mostrar proativo e com vontade de aprender mais. É fundamental demonstrar interesse pelas atividades que desempenha, o que é visto com bons olhos por supervisores e colegas veteranos. Mas também é preciso ter em mente que, mesmo na situação de estagiário, o estudante é um funcionário da empresa. Por isso, dar o máximo nas funções que executa e entregar os resultados exigidos é crucial não só para se manter na empresa, como também para criar uma boa reputação no mercado. “Hoje em dia, o mercado já exige alguns pontos fortes, principalmente comportamentais”, defende Karina. Ela também salienta que, por se tratar de um estágio, muitas empresas não exigem tantos conhecimentos, mas valorizam as soft skills.

A especialista ainda pontua a importância de aproveitar ao máximo a experiência do primeiro estágio. Segundo ela, um estagiário que se destaca é bem visto na empresa e pode até ser efetivado. Ela afirma ainda que é importante ser visto como uma pessoa que busca aprender, se desenvolver e que está se qualificando. “Para aproveitar a oportunidade, o estagiário deve prestar atenção, estar perto de pessoas que já estão no mercado há bastante tempo, fazer relacionamentos dentro dessa empresa”, detalha Karina.

Outro ponto importante para os estagiários de primeira viagem é conhecer os próprios direitos. Mesmo não se enquadrando na Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), os estagiários têm direitos garantidos pela Lei do Estágio, que entrou em vigor em 2008. Dentre esses direitos, um dos principais é o pagamento em dinheiro. Caso o estágio seja opcional, o estudante deve receber pelo trabalho, em valor a ser combinado entre as partes. Estágios obrigatórios não são remunerados, pois se entende que fazem parte do currículo da faculdade. Além disso, todo estagiário tem direito a 30 dias de férias após um ano de contrato, ou 15 dias após seis meses. A carga horária semanal não pode ser superior a 30 horas e o tempo máximo de contrato é de dois anos.

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