Os avanços tecnológicos possibilitaram o desenvolvimento de equipamentos de maior eficácia e exatidão para diversas áreas, incluindo o trânsito. De acordo com o Registro Nacional de Acidentes e Estatísticas de Trânsito (RENAEST), o número de mortes no trânsito, no Brasil, diminuiu cerca de 30%, entre 2011 e 2020, após a implementação de novas tecnologias.
Além disso, as autuações de infrações no trânsito, também, são favorecidas pela tecnologia. Rodrigo Aguiar, engenheiro de transportes e professor da Unit-PE, explica que as inovações têm o potencial de reduzir a quantidade de autuações indevidas ou processos administrativos. “As tecnologias utilizadas atualmente são mais precisas e eficientes do que os métodos tradicionais de fiscalização de trânsito, porém, é importante lembrar que, apesar do potencial da tecnologia, ela ainda pode apresentar falhas ou ser mal utilizada. Portanto, é necessário um constante treinamento dos agentes responsáveis pela fiscalização e manutenção da tecnologia utilizada”, defende.
O trabalho dos agentes de trânsito também tende a ser beneficiado por causa da tecnologia, afinal, os aparelhos acabam tornando o trabalho mais ágil, simples e eficiente. Alguns exemplos são os dispositivos móveis, como smartphones e tablets, que têm capacidade de verificar informações em tempo real, tanto dos veículos quanto dos condutores. Já os equipamentos de comunicação, como os rádios, são responsáveis por permitir que os agentes trabalhem em equipe e possam coordenar suas atividades. Além disso, existem os GIS (Sistemas de informações geográficas), que facilitam a visualização dos agentes acerca da infraestrutura de transporte, por exemplo, a sinalização. Junto a este, os sistemas de gestão de tráfego possibilitam a monitoração do fluxo de veículos em tempo real. E, ainda, os sistemas de emissão de multas, que permitem o registro de infrações de forma mais rápida e eliminando a nec
preencher formulários de papel.
Também de acordo com Rodrigo, os aparelhos implantados nas rodovias exercem papel fundamental no dia a dia. Como os radares de velocidade, sistemas de reconhecimento de placas, câmeras de vigilância e semáforos inteligentes – controlados por um sistema de computador centralizado que ajusta a programação do semáforo com base no volume de tráfego em tempo real. “Além disso, sistemas compostos por câmeras de alta tecnologia e um software com Inteligência Artificial é capaz de flagrar motoristas em atitudes imprudentes, como falar ao celular enquanto dirige e não usar o cinto de segurança”, pontua.