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Cachaça inspira aluno da Unit a abrir o próprio negócio

Jeferson Guedes, estudante do curso de Administração da Unit-PE, utilizou os conhecimentos da sala de aula para montar seu próprio negócio. Agora, quer esclarecer se a primeira cachaça registrada no Brasil foi produzida mesmo em Igarassu

às 19h36
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Será que a primeira cachaça registrada no Brasil foi produzida em Pernambuco, mais especificamente em Igarassu? Quem está tentando desvendar esse mistério é o estudante do 7° período do curso de Administração da Unit-PE, Jeferson Guedes. Curioso no assunto e apreciador da bebida, ele localizou livros que dão conta desse indício e, agora, reúne papelada para buscar respostas. “Estou tentando confirmar com órgãos oficiais”, afirma.

O interesse dele pela cachaça não é de hoje. “Começou lá atrás em uma simples brincadeira, com alguns amigos, em criar uma ‘reserva alcoológica’. E eu sempre dizia que queria criar esse espaço para quem gostasse de tomar uma, aproveitar e ler um livro, uma poesia…”, conta. Foi quando ele ingressou no curso de Administração e percebeu que, com conhecimento que estava adquirindo, poderia tornar aquela brincadeira em um plano de negócios. Seria juntar o útil ao agradável.

Depois de alguns estudos de mercado, ele resolveu sair do emprego e colocar em prática o empreendimento. Aquela ideia de uma “reserva alcoológica”, como Jeferson havia idealizado, já tem nome e endereço. É o “Boteco Reserva Nordestina”, que fica no bairro de Casa Amarela, no Recife. “Gosto muito de oferecer cachaça ao cliente: ‘vai aí uma divina?’ porque, de fato, a cachaça tem essa representatividade para mim”, complementou Jeferson. Para aprofundar os conhecimentos, ele tinha um curso programado de análise sensorial da cachaça, mas precisou adiar por conta da pandemia.

Saiba mais sobre a cachaça

Pinga, cana, caninha… muitos são os sinônimos para a cachaça. A bebida, que é de grande importância cultural, social e econômica para o Brasil, está relacionada diretamente ao início da colonização portuguesa do país e à atividade açucareira. Mas qual é a relação entre a cachaça e o estado de Pernambuco?

A relação da pinga com Pernambuco está ligada ao início da colonização brasileira, quando Fernão de Noronha trouxe para o Estado as primeiras mudas de cana de açúcar. Inclusive, há registros históricos que, em 1516, as feitorias de Itamaracá e Igarassu já produziam a bebida. Em 1756, no entanto, é registrado nos órgãos do Estado a primeira pinga com o nome de “Monjopina”, que era engarrafada no engenho Manjó, localizado na cidade de Igarassu. A ligação da cachaça com Pernambuco é tão forte que há, na cidade de Lagoa do Carro, o museu da cachaça, com o maior acervo de cachaça do mundo, possuindo acervo de 13 mil garrafas.

Qual a diferença da cachaça pernambucana em relação às demais?

O que difere a cachaça pernambucana, quando comparada às demais, é o modo de produção e o armazenamento, que pode ser classificado como: pura, prata, ouro, envelhecida, premium e extra premium. É válido lembrar que, para ser considerado cachaça, é necessário que a bebida tenha de 38 a 48 graus de teor alcoólico, além de ser, necessariamente, produzida no território brasileiro. É possível combinar a bebida com diversos pratos, como torresmo, tripa, frutas, feijoada, ou até mesmo com charuto, demonstrando seu estilo clássico. Sem falar que a ‘branquinha’ deriva outras iguarias como a tradicional caipirinha e cria vocabulários como ‘vamos tomar uma’.

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