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A energia que une pós-graduação e extensão

O desenvolvimento de cozinhas sustentáveis, a partir da energia solar e degradação da biomassa, se transformou em um projeto de extensão itinerante

às 12h08
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Os projetos de extensão universitária também têm a participação ativa dos programas de pós-graduação de uma instituição de ensino. Um exemplo disso está em um projeto desenvolvido por alunos, professores e pesquisadores do Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Processos (PEP), da Universidade Tiradentes (Unit Sergipe). Realizados desde 2020, os projetos de compostagem e do ‘Fogão Solar: cozinhando com o sol’, divulgam e implementam tecnologias desenvolvidas a partir da energia solar e transformações aeróbicas da biomassa, na capital e em cidades do interior de Sergipe. 

Os dispositivos, desenvolvidos desde 1999 pelo professor Renan Tavares Figueiredo, do PEP, e por suas equipes, usam tecnologias sociais associadas à energia Termosolar, a partir diretamente do calor do sol. A partir de equipamentos construídos pela equipe, essa energia acaba substituindo a eletricidade e o gás em aparelhos e utensílios, desde os fogões, fornos e aquecedores, até concentradores para secagem, sistemas de tratamento de água e de produção de hidrogênio. “Então, surgiu a ideia de associar tecnologias como por exemplo, no cômodo de uma casa onde todos os moradores desta vivenda transitam muitas horas por dia e alimentam seus corpos”, resumiu ele.

Essas tecnologias associadas acabam se constituindo numa espécie de ‘cozinha sustentável’, que podem não apenas ser implementadas em locais com pouco ou nenhum acesso às energias convencionais, como também ser uma alternativa renovável e sustentável de energia. “É neste local onde as atividades de processamento do alimento são realizadas: recepção da matéria prima e preparo e descarte dos subprodutos, processos térmicos e termoelétricos. Enfim, uma gama de atividades que podem ser realizadas utilizando energia solar. Afinal, a cozinha é essencial para todos”, afirma Renan, destacando que estas tecnologias solares são muito utilizadas em todo mundo, de maneira individual. “O grande número de usuários, apaixonados e buscadores comprovam a eficácia destas técnicas solares em todo mundo. Grupos de pessoas se unem em torno destas causas sustentáveis”, acrescenta. 

Antes da pandemia do coronavírus, as ações do projeto foram desenvolvidas em uma comunidade rural de Boquim e nas feiras livres de Itabaiana e Estância, além do Lar de Idosos Nossa Senhora da Conceição (Same), em Aracaju. Além de demonstrações destas tecnologias sociais, elas envolveram ainda atividades educativas e de interação com as comunidades. A previsão é de que o projeto seja retomado após o controle total ou erradicação da pandemia e, até lá, ele está em fase de estudos teóricos e planejamento. Além do PEP, o estudo também tem o apoio do Instituto de Tecnologia e Pesquisas (ITP), através dos laboratórios de Energia e Materiais, de Catálise e de Tratamento de Efluentes.

Figueiredo destaca que os estudantes e professores do PEP se envolveram no projeto de forma coletiva, junto com alunos de graduação das Engenharias, durante as atividades realizadas em instituições públicas ou privadas, escolas, feiras públicas, auditórios e minicursos. E de forma individual, eles são incentivados a aplicar estas tecnologias em casa, em diversos processos sempre atrelados à cozinha.

Para o professor, os programas de Pós-Graduação e o Stricto-Sensu também são ativos em projetos e atividades de extensão universitária, da mesma maneira que alunos e professores dos cursos de graduação. “Em geral, tudo depende muito das atividades científicas realizadas pelos professores da Unit. Entretanto, pela natureza das atividades, todos podem atuar em projetos de extensão”, afirma Renan, ressaltando a importância da extensão para a prática universitária. “Resumidamente, é a experiência máxima que pode proporcionar uma Universidade: Ensino, Pesquisa e Extensão. É a tríade indissociável na formação do ser e na vivência com a sociedade, sendo consideradas de igual importância no desempenho de seu papel”, finaliza ele.

Asscom | Grupo Tiradentes

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