“Quero sentir a embriaguês do frevo, que entra na cabeça, depois toma o corpo e acaba no pé!”. Quem nunca ouviu esses e outros versos de Alceu Valença no meio da folia e sentiu ainda mais vontade de brincar? A “embriaguês” do frevo toma conta de Pernambuco não apenas no período carnavalesco, mas também, no dia em que se comemora o ritmo, 9 de fevereiro.
Este dia foi escolhido porque, em 9 de fevereiro de 1907, o termo foi utilizado pela primeira vez em um veículo de comunicação local – o jornal Pequeno, já extinto. O Frevo, inclusive, foi reconhecido pela Unesco como Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade em 2012.
Dividido em frevo de rua, que é completamente instrumental e feito para dançar, frevo de bloco, conhecido por ser cantado e ter um ritmo mais lento, que traz o saudosismo em suas letras, como o Bloco da Saudade, por exemplo, e frevo canção, também cantado, porém mais rápido (semelhante às marchinhas de carnaval), o ritmo, que ultrapassa gerações e arrasta verdadeiras multidões, é uma das manifestações culturais e artísticas mais fortes e reconhecidas do Estado.