*Do Guia do Estudante
Você já deve ter ouvido falar em “apagão de mão-de-obra” em diversos setores da economia brasileira, desde a Tecnologia da Informação (TI) até a indústria petrolífera. Também já deve ouvido que alguns cursos foram criados especificamente para atender à demanda do mercado por profissionais qualificados e, por isso, têm alta taxa de empregabilidade. São aqueles cursos dos quais o aluno “já sai empregado”.
Recentemente, no Brasil, podemos perceber um aumento da oferta de qualificação de nível técnico e tecnológico, sendo que ambas as formações podem turbinar a sua carreira e aumentar suas chances de conseguir um bom emprego.
Mas qual a melhor opção: curso técnico ou de tecnólogo? Qual a diferença entre eles e qual dos dois vale mais a pena fazer?
Descubra as diferenças entre curso técnico e curso de tecnólogo e encontre a opção mais vantajosa para a sua realidade.
Qual a diferença entre as duas modalidades?
A principal é o nível de escolaridade. O curso técnico e uma formação de nível médio. Já o tecnólogo em uma graduação de nível superior.
Além do nível de escolaridade, os cursos técnicos e de tecnólogo diferem em três principais aspectos:
– Duração: um curso técnico pode durar apenas alguns meses ou mais de três anos. Os cursos superiores de tecnologia duram entre dois e três anos;
– Requisitos: cursos de nível tecnológico sempre exigem o ensino médio completo e normalmente o candidato precisa passar por um processo seletivo (vestibular, Sisu, ProUni, etc). Existem cursos técnicos para quem fez apenas o ensino fundamental incompleto, ensino fundamental completo, ensino médio incompleto ou ensino médio completo;
– Formação para o mercado: embora os cursos técnicos e tecnológicos tenham como foco preparar profissionais para a realidade do mercado de trabalho, os cursos técnicos formam profissionais mais operacionais, enquanto os cursos superiores de tecnologia preparam o aluno também para atuar em cargos de gerência.
Cursos técnicos
Existem vários tipos de cursos técnicos. Alguns exigem apenas o ensino fundamental, outros só podem ser feitos por quem já terminou o ensino médio. Confira as opções e veja qual delas é melhor pra você:
– Subsequente: serve para quem já tem o certificado de conclusão do Ensino Médio e quer fazer uma formação específica para entrar no mercado de trabalho. Tem duração variada e ao terminar o curso o estudante recebe um diploma de técnico de nível médio.
– Concomitante: pode ser feito por quem já concluiu a primeira série do ensino médio. O aluno faz dois cursos ao mesmo tempo, em uma mesma instituição ou em instituições diferentes, cumprindo jornada dupla de aulas: um curso com as disciplinas normais do ensino médio e outro com as disciplinas do curso técnico. Ao concluir cada um deles, o aluno recebe o diploma correspondente (diploma do ensino médio e diploma de técnico). Dura em média dois anos.
– Integrado: prepara o aluno para uma profissão ao mesmo tempo em que cumpre a carga de disciplinas do ensino médio. Pode durar até quatro anos e ao concluir o curso, o estudante recebe dois diplomas: o do ensino médio e o de técnico de nível médio. Para ingressar, é obrigatório ter o ensino fundamental completo.
– Formação inicial e continuada (FIC) ou qualificação profissional: são cursos técnicos de curta duração, voltados para trabalhadores de renda (como o Bolsa Família, por exemplo). Dependendo do curso, pode ser necessário apenas o ensino fundamental incompleto.
Os cursos técnicos podem ser encontrados em escola técnicas e institutos federais de educação.
Curso de tecnólogo
Para fazer um curso de tecnólogo, o estudante precisa ter concluído o ensino médio. Isso porque essa formação é de nível superior.
O curso de tecnólogo dura entre dois e três anos e, para se formar, o aluno precisa fazer um estágio supervisionado e/ou um trabalho de conclusão de curso (tcc).
De acordo com o divulgado pelo MEC, existem mais de 100 opções de curso de tecnólogo.
Apesar de também serem oferecidos por universidades públicas, os cursos de tecnólogo são mais facilmente encontrados em faculdades privadas.