Após os casos de violência sexual no Rio de Janeiro e no Piauí, a expressão “cultura do estupro” tem sido usada com frequência. Criada nos Estados Unidos, nos anos 70, com o objetivo de mostrar o quanto a sociedade culpa a vítima e banaliza esse tipo de violência.
Ou seja: quando, em uma sociedade, a violência sexual é normalizada por meio da culpabilização da vítima, isso significa que existe uma cultura do estupro. “Mas ela estava de saia curta”, “mas ela estava indo para uma festa”, “mas ela não deveria andar sozinha à noite”, “mas ela estava pedindo”, “mas ela estava provocando” – estes são alguns exemplos de argumentos comumente usados na cultura do estupro.
Os números são alarmantes: a cada 11 minutos uma mulher é violentada no Brasil, 130 mulheres são estupradas por dia e cerca de 0,26% da população sofre violência sexual, o que indica que ocorrem anualmente 527 mil tentativas ou casos de estupros consumados no país, dos quais apenas 10% são reportados às autoridades.
Para debater o assunto, a Faculdade Integrada de Pernambuco – UNIT promove hoje (07), a partir das 19h, uma mesa-redonda aberta ao público com o professor universitário e especialista em Direitos Fundamentais e Democracia, Vinicius Lúcio de Andrade, e a especialista em Direitos Humanos, com atuação pelo Banco Mundial, Simone Ribeiro.
A inciativa gratuita ocorre no auditório da Unidade Dom Bosco, na Rua Dom Bosco, 687, na Boa Vista, com organização do Núcleo de Gênero da UNIT. As inscrições para o encontro podem ser feitas pelo fone 3878-5121.
Serviço
O quê: Mesa redonda – A cultura do estupro e o direito da mulher
Quando: 07 de junho, a partir das 19h
Onde: Unidade Dom Bosco, Rua Dom Bosco – 687, Boa Vista
Inscrições: 3878-5121