A gratidão é um aspecto tão importante para as relações humanas que existe um feriado específico criado só para agradecer pelas coisas boas de cada ano. O Dia de Ação de Graças surgiu em 1621, em Plymouth, Massachusetts, nos Estados Unidos. Na época, peregrinos e moradores da vila criaram uma data para celebrar pelo fim de um inverno rigoroso e pela boa colheita de milho. Na ocasião, foram servidos muitos pratos feitos de milho, peixe, peru e pato. A data é celebrada sempre na quarta quinta-feira do mês de novembro e, em 2024, será comemorada em 28 de novembro.
O feriado é uma das datas mais importantes para a cultura norte-americana, em que famílias se reúnem em uma mesa cheia de pratos típicos feitos de abóbora, batata-doce, purê de batatas, tortas de maçã e nozes, além do tradicional peru. Nessa ocasião, todos recordam e agradecem pelos bons momentos proporcionados por aquele ano. No Brasil, o Dia de Ação de Graças não é uma data comemorativa tão marcante para nossa cultura, mas o ato de agradecer, independentemente da data, é um hábito fortemente incentivado por psicólogos, por trazer diversos benefícios comprovados pela neurociência.
Gratidão como hábito
Segundo a Profª M.a. Giedra Marinho, docente do curso de Psicologia do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE) — localizado na Imbiribeira, ao lado do Geraldão — ter a gratidão como um hábito promove melhoras significativas na saúde mental, na qualidade do sono e na longevidade. “Isso acontece porque, segundo pesquisas, a gratidão pode aumentar a atividade em áreas do cérebro associadas à emoção e à cognição. Um exemplo é o estudo da Universidade de Indiana, que descobriu que a prática regular de gratidão pode ter efeitos mensuráveis no cérebro, enquanto outro da Universidade da Califórnia, em Berkeley, observou melhorias no sono e redução da fadiga “, afirma a psicóloga.
Para Giedra, a prática da gratidão deve ser incentivada no dia a dia, a fim de impulsionar os benefícios trazidos. Dentre as principais atividades de gratidão realizadas na psicoterapia, está a criação de um “diário de gratidão”, no qual o paciente deve anotar, diariamente ou semanalmente, três a cinco coisas pelo qual é grato. Podem ser pequenas coisas, como um sorriso recebido, ou grandes, como uma conquista profissional. “Esse hábito tem o poder de treinar o cérebro para focar no positivo, mesmo em dias difíceis” complementa Giedra.