Alergias são respostas exageradas do sistema imunológico a alguma substância que venha a entrar em contato com o organismo, seja por via respiratória, pela ingestão ou pelo contato com a pele. Essas substâncias são chamadas de alérgenos, e podem desencadear um processo irritativo, que pode ser, em alguns casos, fatal. Os principais tipos são as alimentares, como a frutos do mar, e respiratórias, como a rinite alérgica e alergias à poeira e pelos de animais. De acordo com a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), cerca de 30% da população brasileira tem algum tipo de alergia, dos quais 20% são crianças.
Segundo Tatiana de Paula, professora da Faculdade Tiradentes (Fits) — localizada em Goiana —, os alérgenos são, de maneira geral, substâncias inofensivas. Por isso, as alergias são consideradas respostas imunológicas exageradas. “Quando a pessoa entra em contato com um alérgeno, o corpo libera substâncias químicas, como a histamina, que causam sintomas como coceira, inchaço e dificuldade para respirar”, detalha a professora. A histamina é uma substância produzida pelo sistema imunológico na defesa do corpo, mas que, em caso de alergias, é produzida de maneira exagerada, e sem que haja uma ameaça real.
Sintomas
Devido à diversidade de alérgenos e de áreas sensíveis, os sintomas das alergias também são bastante variados. Os mais comuns são coceira, formigamento, vermelhidão, coriza, espirros. Mas outros sinais podem aparecer, como chiado, dificuldade para respirar, erupções cutâneas, lacrimejamento dos olhos. Em alergias alimentares, pode ocorrer náusea, diarreia, mal-estar, vômitos, ou mesmo dificuldade para respirar. “É importante se afastar do alérgeno que está causando a alergia, tomar medicamentos”, alerta Tatiana.
Em situações de maior gravidade, o indivíduo pode desenvolver o chamado choque anafilático, ou anafilaxia, que é uma reação alérgica muito forte, a qual pode levar à morte. Nesses casos, o sistema imunológico toma medidas extremas. Por isso, algumas pessoas podem apresentar variação da pressão arterial e também edema de glote (fechamento das vias respiratórias. “Em casos graves, é preciso procurar ajuda médica, pois alguns quadros devem ser conduzidos ao hospital”, complementa Tatiana.
Tratamento
Segundo Tatiana, “algumas alergias podem melhorar com o tempo, mas não têm cura definitiva”. Ela afirma ainda que o tratamento envolve evitar os alérgenos, como em caso de alergias alimentares. Outras maneiras de tratar envolvem o uso de medicamentos anti-histamínicos, em momentos de crise, ou a dessensibilização. Esse método consiste em expor o paciente ao alérgeno, em quantidades pequenas, até que o organismo se acostume. O tratamento ideal, no entanto, deve ser conduzido por um alergologista, após vários testes para identificar a origem e a gravidade da alergia.