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Doar órgãos é um ato de solidariedade que salva vidas

A doação pode acontecer mesmo com o doador em vida

às 14h26
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A doação de órgãos é um procedimento pelo qual algum órgão ou tecido é retirado de um doador a fim de auxiliar no tratamento de um receptor. O processo deve ser realizado voluntariamente pelo doador, e o receptor vai receber a doação através de um transplante. Ou seja, é realizado um procedimento cirúrgico para substituir o órgão ou tecido do receptor que está em mau funcionamento por aquele do doador, que deve estar sadio. Atualmente, o Brasil é referência mundial em transplantes e conta com o maior sistema público de transplantes do mundo. 

Tipos de doadores

De acordo com a legislação brasileira, existem dois tipos de doadores: os doadores vivos e os falecidos. No primeiro caso, o doador deve ser uma pessoa maior de idade, saudável, e que concorde voluntariamente com a doação, desde que não prejudique a sua própria saúde. Legalmente, parentes de até quarto grau e cônjuges podem ser doadores. A doação vinda de alguém que não seja da família só acontece mediante autorização judicial. Em vida, podem ser doados um dos rins, parte do fígado, parte da medula ou parte dos pulmões, e a compatibilidade sanguínea é necessária em todos os casos.

Já no caso de doadores falecidos, é preciso que seja diagnosticada a morte encefálica, ou que a morte seja causada por parada cardiorrespiratória. O doador falecido pode doar rins, coração, pulmão, pâncreas, fígado e intestino. Alguns tecidos também podem ser doados: córneas, válvulas, ossos, músculos, tendões, pele, cartilagem, medula óssea, sangue do cordão umbilical, veias e artérias. Nesse caso, a família do doador deve autorizar a doação, conforme a Lei nº 9.434/1997, conhecida como Lei dos Transplantes, se não, a doação não pode ser realizada, impedindo que outras vidas sejam salvas. Para se tornar um doador, a pessoa deve informar a família e amigos sobre o seu desejo de doar.

Morte encefálica

A morte encefálica deve ser determinada por médicos especializados, seguindo um protocolo determinado pela Resolução nº 2.173, do Conselho Federal de Medicina (CFM). Ela acontece quando há a perda completa e irreversível de todas as funções cerebrais. Com isso, o coração também para de bater após algumas horas. Depois de constatada a morte encefálica, a equipe médica conversa com a família sobre a doação de órgãos. Em caso de morte cerebral, órgãos e tecidos podem ser doados; quando o óbito é ocasionado por parada cardiorrespiratória, apenas os tecidos podem ser aproveitados.

Lista de doação

No Brasil, a doação de órgão segue uma lista única, organizada por estado ou região e administrada pelo Sistema Nacional de Transplantes (SNT). Atualmente, 43,7 mil brasileiros estão à espera de um transplante, sendo que 40 mil aguardam a doação de rim. O tempo médio de espera na lista é de 18 meses, mas o tempo varia a depender do órgão ou tecido, do estado de saúde do paciente e do volume de doadores. Ou seja, quanto mais doadores, menor a espera de quem precisa.

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