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Inteligência artificial na educação é tema de debate na Unit-PE

A formação visa promover o pensamento crítico em professores

às 14h15
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No dia 22 de agosto, o Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE) — localizado na Imbiribeira, ao lado do Geraldão — promove a formação docente “Potencialidades e limitações da IA em trabalhos acadêmicos”. O debate, que está sendo organizado pelo Núcleo de Apoio Pedagógico e Psicossocial (NAPPS) da Unit-PE, terá como convidado Alexandre Meneses Chagas. Ele é doutor em educação, Conselheiro e Coordenador do Observatório Tiradentes (OBET) e professor do Programa de Pós-Graduação em Educação da Universidade Tiradentes (Unit-SE). O evento terá início às 17h e é direcionado aos professores da Unit-PE e da Faculdade Tiradentes (Fits) — localizada em Goiana. As inscrições podem ser feitas através do site do Magister.

Ana Paula Melo, psicopedagoga do NAPPS, explica que a proposta da formação é trabalhar a utilização da IA em contextos educacionais e acadêmicos. “A oficina abordará o uso da inteligência artificial generativa como um recurso educacional, focando em como os professores podem ensinar seus estudantes a utilizá-la de forma crítica e ética”, detalha. Ela afirma ainda que serão explorados os fundamentos, as capacidades e as limitações da IA generativa, e estratégias de integração dessa tecnologia em sala de aula.

Objetivo

O propósito dessa formação, conforme aponta Daniele Gomes (coordenadora acadêmica da Unit-PE e também responsável pelo evento), é treinar os professores da Unit-PE e da Fits para que estejam aptos a orientar seus alunos. “O debate é fundamental, porque a IA está cada vez mais presente no cotidiano dos estudantes, seja em suas pesquisas acadêmicas ou em atividades extracurriculares. Entender como utilizar esse recurso de forma ética e crítica é crucial para preparar os estudantes para o futuro, em que a tecnologia e a automação desempenharão papéis cada vez mais significativos”, detalha.

Como usar a IA na educação

A primeira diretriz para a utilização da IA em meio educacional apontada por Ana Paula é a transparência. Segundo ela, ao utilizar uma inteligência artificial em algum trabalho acadêmico, é importante deixar isso claro. “O estudante deve declarar quais recursos foram usados e como contribuíram para o resultado. Isso inclui mencionar a IA em referências ou notas explicativas”, diz. Uma outra orientação trazida pela psicopedagoga é o pensamento crítico, para avaliar a veracidade das informações trazidas pela inteligência artificial. “A IA pode fornecer insights ou ajudar na organização de ideias, mas a interpretação e o julgamento final devem ser feitos pelo estudante”, ressalta.

A psicopedagoga destaca também que a IA deve ser usada como um recurso de apoio e frisa a importância da originalidade e da ética. “A produção de textos ou ideias originais deve sempre ser incentivada, com a IA servindo apenas como complemento ou fonte de inspiração. E evitar o uso da IA para fins fraudulentos, como a geração de conteúdo que o estudante não compreende ou que representa plágio, é fundamental para manter a integridade acadêmica”, afirma. Por fim, Ana Paula cita ainda a utilização da inteligência artificial para complementar ou entender conceitos.

“Integrar a IA de forma consciente e crítica nos trabalhos acadêmicos não só prepara os estudantes para um futuro tecnológico, mas também reforça habilidades essenciais como pensamento crítico, ética e criatividade”, defende Ana Paula.

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