Anderson Lopes é estudante do 1º período do curso de Direito do Centro Universitário Tiradentes (Unit-PE) — localizado na Imbiribeira, ao lado do Geraldão — e decidiu seguir por esse caminho devido aos estágios que realizou antes de entrar na faculdade. “Um dos motivos principais pelos quais eu escolhi o curso foi por influência de um estágio de Ensino Médio que eu consegui no Instituto Nacional de Seguro Social (INSS). Ao ver o atendimento, a disponibilidade, como poderia ajudar as pessoas, tudo isso me encantava cada vez mais”. Ele também trabalhou (como jovem aprendiz ou estagiário) em escritórios de advocacia, Advocacia Geral da União, Tribunal Regional Eleitoral, Correios, entre outras instituições.
O aluno conseguiu esses estágios devido aos conhecimentos administrativos e técnicos que tinha e, nessas experiências, aprendeu ainda mais. “Com essas oportunidades, e também com a ajuda da instituição, é claro, consegui me manter um pouco mais ligado com o teórico e o social. Percebi que o Direito vai muito além de regras normativas. Ele pode modificar vidas, e a acessibilidade desse Direito, o conhecimento desse direito em si podem fazer essa mudança. Então, esse foi um dos principais motivos que me fizeram entrar na carreira”, complementa.
Rotina
A rotina de Anderson como estagiário costumava ser bastante cheia, mas o dia a dia corrido foi muito enriquecedor. “Cada dia que passava, eu aprendia uma coisa nova, como lidar com pessoas, atender, conhecer, aprender normas, ver jurisprudência”, ele diz. “Meu dia a dia era pesquisar jurisprudência, fazer petições de diversos auxílios, auxílio de reclusão, auxílio doença, auxílio acidente, e também fazer reclamações trabalhistas iniciais e diversos outros tipos de petições, também da área Cível, e extrajudiciais também, como inventários”, detalha.
“Era algo que eu ficava maravilhado e gostava, entende? Porque todo dia, depois da primeira semana de estágio, era algo novo, uma experiência nova”, avalia Anderson. Já na graduação, o estudante considera que as experiências de estágio se complementam aos aprendizados do curso. “Ao chegar na faculdade, a gente não se prendia somente à teoria. A metodologia dos nossos professores também ajudou bastante em petições iniciais. Aprender isso no estágio e poder ver também na faculdade me ajudou muito para esse avanço. Eu consegui fazer essa ponte entre o conhecimento prático e o teórico”, afirma.
Cursos
Além da graduação e dos estágios, Anderson também realizou outros cursos, que também ajudam na sua formação. “Eu fiz cursos de oratória, que foi bastante enriquecedor, também de planejamento previdenciário, precificação de planejamento previdenciário. Cursos aos quais eu tive acesso como ex-estagiário do INSS”, detalha.
Futuro
Em seu estágio no INSS, o estudante se apaixonou pelo Direito Previdenciário, ramo pelo qual pretende seguir. “Meu principal objetivo nessa área é poder alcançar essas pessoas, sejam de baixa renda, sejam pessoas que necessitam de algum tipo de benefício previdenciário, que é um direito constitucional. Um direito fundamental, se a gente analisar bem, dessas pessoas que já trabalharam tanto, de conseguir de fato uma vida digna, e que, por alguma intercorrência da vida, tiveram que parar as suas atividades laborativas”, conta.
Dicas
“Eu já passei por diversos estágios, do Nível Médio também, ou até mesmo antes de entrar na faculdade, e sempre dá aquela sensação de satisfação, de entender que seu estudo não é em vão”, analisa Anderson. Com essa bagagem, o estudante dá dicas para que outras pessoas também possam conquistar espaços. “Para quem quer alcançar um estágio ou ser aprovado em um concurso, é preciso se preparar de uma maneira mais efetiva. Buscando questões, lendo, entendendo e pesquisando o que a banca cobra. Se não encontrar isso, é possível ver questões. A melhor maneira de aprender para uma prova é resolvendo questões, e também ensinando. Ler também é imprescindível”, aconselha.